No primeiro dia de liberdade depois de passar três anos e quatro meses preso por engano e sem nunca ter sido julgado, Júnior Gomes diz que quer recuperar o tempo perdido. O primeiro passo é tirar os documentos e, depois, batalhar por um trabalho. "Agora é só vida nova, se Deus quiser, e cuidar das minhas filhas, graças a Deus. “Eu quero trabalhar. Eu não tenho formação, mas posso fazer tudo de limpeza: cato lixo, desentupo galeria, fossa, o que for preciso”, diz.
Júnior estava preso na Cadeia Pública de Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará, suspeito de ter cometido um homicídio brutal no município de Jucás, na mesma região. Andarilho, sem residência fixa, Júnior Gomes foi levado para a delegacia e sequer passou por audiência de custódia, nunca foi ouvido por um juiz e nem passou por julgamento.
"Falei muito a verdade, fui preso porque eu sou andarilho de rua, não tenho onde morar. Me pegaram trabalhando, como suspeita, me jogaram na cadeia. Vim cadeia por cadeia para chegar aqui", lembra Júnior.
Ao deixar a cadeia, nesta terça-feira (7), Júnior foi para a casa da ex-sogra, Edileusa Gomes que, por coincidência, foi quem descobriu que ele estava preso. “O meu filho foi preso e, quando saiu, me disse que ele estava na cadeia. Tirei a minha carteirinha e fui visitar ele”. A ex-sogra nunca duvidou da inocência de Júnior. “Tenho certeza de que ele não fez nada, ele nunca fez mal para ninguém”, afirma.
Para conseguir reconstruir a vida, Júnior tem um pedido. “O que eu quero do povo é confiança, porque a gente sai de uma cadeia e já pensam que a gente é marginal. Eu espero que o povo veja que eu fui preso por engano e que agora eu mereço um trabalho para sustentar minha família”, diz.
Para provar a prisão injusta, Júnior Gomes contou com ajuda da advogada Eveliny Viviane Ramalho, da Comissão de Direito Penal e Penitenciário da OAB-CE. Após análise de documentos, ela identificou que havia dois culpados pelo mesmo crime. Os documentos que determinam a pena dos dois Júnior Gomes têm o mesmo número de processo. A advogada não disse se vai pedir indenização ao Estado pelo erro.
Júnior estava preso na Cadeia Pública de Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará, suspeito de ter cometido um homicídio brutal no município de Jucás, na mesma região. Andarilho, sem residência fixa, Júnior Gomes foi levado para a delegacia e sequer passou por audiência de custódia, nunca foi ouvido por um juiz e nem passou por julgamento.
"Falei muito a verdade, fui preso porque eu sou andarilho de rua, não tenho onde morar. Me pegaram trabalhando, como suspeita, me jogaram na cadeia. Vim cadeia por cadeia para chegar aqui", lembra Júnior.
Ao deixar a cadeia, nesta terça-feira (7), Júnior foi para a casa da ex-sogra, Edileusa Gomes que, por coincidência, foi quem descobriu que ele estava preso. “O meu filho foi preso e, quando saiu, me disse que ele estava na cadeia. Tirei a minha carteirinha e fui visitar ele”. A ex-sogra nunca duvidou da inocência de Júnior. “Tenho certeza de que ele não fez nada, ele nunca fez mal para ninguém”, afirma.
Para conseguir reconstruir a vida, Júnior tem um pedido. “O que eu quero do povo é confiança, porque a gente sai de uma cadeia e já pensam que a gente é marginal. Eu espero que o povo veja que eu fui preso por engano e que agora eu mereço um trabalho para sustentar minha família”, diz.
Para provar a prisão injusta, Júnior Gomes contou com ajuda da advogada Eveliny Viviane Ramalho, da Comissão de Direito Penal e Penitenciário da OAB-CE. Após análise de documentos, ela identificou que havia dois culpados pelo mesmo crime. Os documentos que determinam a pena dos dois Júnior Gomes têm o mesmo número de processo. A advogada não disse se vai pedir indenização ao Estado pelo erro.
G1/CE