“Eu adoraria dizer que o Ciro é um amigo. Mas infelizmente ele não quer. Mas eu aprendi uma teoria com a minha mãe Dona Lindu: quando um não quer, dois não brigam. Não farei jogo rasteiro.”, Lula, em seu perfil pessoal no Twitter
Em sua conta nas redes sociais, o petista afirma que “adoraria” ser amigo de Ciro, porém a recíproca não parece ser verdadeira. Lula diz ainda que aprendeu com sua mãe um antigo ditado: “quando um não quer, dois não brigam”. O ex-presidente encerra dizendo que não fará ‘jogo rasteiro’, em referência ao ex-aliado, que agora mira suas armas nele. Lula e o PT já haviam assumido uma postura de não responder as indiretas e falas de Ciro, concentrando os esforços políticos do partido contra o presidente Bolsonaro; a última fala de Ciro, contudo, parece ter magoado Lula: o pedetista chamou o ex-presidente de “maior corruptor” da história recente do Brasil.
No Ceará
A fala de Lula parece ter sido o gatilho que apontou de vez a separação dos rumos do PT e PDT no estado após o governo de Camilo Santana. Os Ferreira Gomes, que mantém hegemonia sobre a sigla brizolista no Ceará não querem alianças com o PT, que por sua vez busca alternativas no MDB estadual, e em antigos aliados, como o PSB e o PCdoB.
Os rumos ainda são turvos para a sucessão de Camilo em 2022, mas nomes começam a despontar: pelo PDT, a vice-governadora Izolda Cela e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio são os mais fortes; no PT, o deputado Federal José Airton ressurge como possível candidato. José Airton Cirilo colocou seu nome à disposição do PT nacional para ser candidato a governador pela sigla no ano que vem. Zé foi candidato ao governo do Ceará em 2002 pelo PT, sendo derrotado no 2º turno por Lúcio Alcântara, na eleição mais apertada da história do estado, por uma diferença de 3 mil votos. O petista conversou com o ex-presidente Lula sobre montar o palanque no estado. Segundo conversas, a vaga no senado ficaria então com o MDB, a suplência com o PCdoB e o PSB ganharia a vice na chapa pelo governo.