Como se não bastassem as outras aberrações já exaustivamente exemplificadas para mostrar a falta de sintonia, de compatibilização das ideias de gerenciamento do Estado nos agrupamentos formados em apoio às duas mais expressivas candidaturas ao Governo do Ceará, ainda existe uma situação idiossincrática de um partido que legalmente dá sustentação a uma das candidaturas e de fato está com a outra, a principal concorrente.
O Solidariedade (SD) é o protagonista dessa façanha. O partido, um dos últimos criados no Brasil, especialmente para estas eleições, presidido no Ceará pelo deputado federal Genecias Noronha, filiou algumas pessoas com a orientação do Governo estadual, negociou sua inclusão na aliança governista, garante um tempo da propaganda eleitoral para o candidato oficial, pequeno é verdade, mas muito útil ao projeto da campanha e, insatisfeito, ajustou outro acordo com o postulante adversário do aliado oficial.
Trocar de candidato não é crime. Ao contrário, é um direito inerente ao exercício da cidadania, desde que aconteça pelo comando da consciência e não por algum “estímulo”, principalmente se este for do tipo reprovável.
Perseguido
Mas não é essa a razão das observações que nos propomos a fazer, neste espaço, sobre as situações anômalas do ajuntamento de políticos em torno dessa ou daquela candidatura, agredindo a inteligência dos eleitores com a projeção de uma perspectiva nada promissora, notadamente no campo político.
É comum, ao fim de cada campanha eleitoral, os lamentos de eleitos e derrotados sobre as dificuldades encontradas até o dia da votação, sempre qualificando-a como a pior disputa da que já participaram. E pode ser verdade. A cada pleito são engendradas formas de obter votos, sempre burlando a legislação, agredindo os bons princípios, a ética e ao próprio cargo perseguido. E isso vai cada vez mais afundando o processo eleitoral, já em seus momentos estertorosos, reclamando, para a sobrevivência dos próprios políticos, descrentes na ressurreição, o remédio prescrito aos moribundos.
Perseguido
Mas não é essa a razão das observações que nos propomos a fazer, neste espaço, sobre as situações anômalas do ajuntamento de políticos em torno dessa ou daquela candidatura, agredindo a inteligência dos eleitores com a projeção de uma perspectiva nada promissora, notadamente no campo político.
É comum, ao fim de cada campanha eleitoral, os lamentos de eleitos e derrotados sobre as dificuldades encontradas até o dia da votação, sempre qualificando-a como a pior disputa da que já participaram. E pode ser verdade. A cada pleito são engendradas formas de obter votos, sempre burlando a legislação, agredindo os bons princípios, a ética e ao próprio cargo perseguido. E isso vai cada vez mais afundando o processo eleitoral, já em seus momentos estertorosos, reclamando, para a sobrevivência dos próprios políticos, descrentes na ressurreição, o remédio prescrito aos moribundos.
A engenhosidade dos maus políticos se sofistica a cada pleito. Essa sofisticação os afasta do alcance da legislação, antiga ou nova. O Ministério Público se torna impotente e o resultado é uma votação parcialmente viciada, pois o voto deixa de ser o resultado da vontade livre do eleitor, quer por ter havido manifestação sensibilizadora da consciência do votante, quer pelo assédio da compra de voto em razão, também, da falta do poder de persuasão de muitos dos pretendentes a um mandato.
Custo
O gasto feito na campanha é a principal ilegalidade do processo e, indiscutivelmente a fonte das demais. Tudo, inclusive apoios, precisa ser comprado. Não é tão raro se ouvir falar em milhões de reais para compra de colégios eleitorais ou de apoios partidários, antes das convenções, para a garantia de tempo na propaganda eleitoral do rádio e da televisão. Quanto maior for a quantidade de partidos em uma mesma coligação, mais espaço tem o candidato para fazer a sua propaganda.
Já não mais é trocado apoio para eleger o candidato com cargos em uma possível futura administração, como era comum no passado. Agora, a negociação é paga com real ou com votos, também pagos na nossa moeda corrente. Há poucos dias, um candidato dizia, com as reservas necessárias, estar precisando de R$ 2 milhões para garantir sua vitória, cuja eleição estava orçada em R$ 5 milhões em face dos serviços que já havia prestado.
O serviço prestado, para baratear o voto, é a famosa emenda parlamentar liberada e os favores conseguidos nos diversos governos, incluindo EMPREGOS. Sem isso, o orçamento da eleição é bem maior, como aqui já relatamos.
Mas não é essa a razão das observações que nos propomos a fazer, neste espaço, sobre as situações anômalas do ajuntamento de políticos em torno dessa ou daquela candidatura, agredindo a inteligência dos eleitores com a projeção de uma perspectiva nada promissora, notadamente no campo político.
É comum, ao fim de cada campanha eleitoral, os lamentos de eleitos e derrotados sobre as dificuldades encontradas até o dia da votação, sempre qualificando-a como a pior disputa da que já participaram. E pode ser verdade. A cada pleito são engendradas formas de obter votos, sempre burlando a legislação, agredindo os bons princípios, a ética e ao próprio cargo perseguido. E isso vai cada vez mais afundando o processo eleitoral, já em seus momentos estertorosos, reclamando, para a sobrevivência dos próprios políticos, descrentes na ressurreição, o remédio prescrito aos moribundos.
A engenhosidade dos maus políticos se sofistica a cada pleito. Essa sofisticação os afasta do alcance da legislação, antiga ou nova. O Ministério Público se torna impotente e o resultado é uma votação parcialmente viciada, pois o voto deixa de ser o resultado da vontade livre do eleitor, quer por ter havido manifestação sensibilizadora da consciência do votante, quer pelo assédio da compra de voto em razão, também, da falta do poder de persuasão de muitos dos pretendentes a um mandato.
Custo
O gasto feito na campanha é a principal ilegalidade do processo e, indiscutivelmente a fonte das demais. Tudo, inclusive apoios, precisa ser comprado. Não é tão raro se ouvir falar em milhões de reais para compra de colégios eleitorais ou de apoios partidários, antes das convenções, para a garantia de tempo na propaganda eleitoral do rádio e da televisão. Quanto maior for a quantidade de partidos em uma mesma coligação, mais espaço tem o candidato para fazer a sua propaganda.
Já não mais é trocado apoio para eleger o candidato com cargos em uma possível futura administração, como era comum no passado. Agora, a negociação é paga com real ou com votos, também pagos na nossa moeda corrente. Há poucos dias, um candidato dizia, com as reservas necessárias, estar precisando de R$ 2 milhões para garantir sua vitória, cuja eleição estava orçada em R$ 5 milhões em face dos serviços que já havia prestado.
O serviço prestado, para baratear o voto, é a famosa emenda parlamentar liberada e os favores conseguidos nos diversos governos, incluindo EMPREGOS. Sem isso, o orçamento da eleição é bem maior, como aqui já relatamos.
Diário do Nordeste