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domingo, 8 de maio de 2016

Policial é assassinado durante troca de tiros em Campos Sales, no Ceará

Policiais fazem buscas pelos suspeitos de matar policial em Campos Sales, no Ceará (Foto: Arquivo pessoal)
Um policial militar do Raio (Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas) morreu em uma troca de tiros em Campos Sales, no interior do Ceará, na manhã desta domingo (8).

De acordo com a Polícia Militar, um grupo de policiais recebeu a denúncia da entrega de cocaína a traficantes de Campos Sales e preparou uma ação de emboscada para prender os suspeitos.

Durante a ação, os suspeitos perceberam a aproximação dos policiais e houve troca de tiros. O policial identificado com sargento Marcondes chegou a receber atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no local do crime, mas não resistiu ao local.

De acordo com a Polícia Civil de Campos Sales, pelo menos dois suspeitos fugiram após o tiroteio. Os policiais receberam reforço de equipes de cidades vizinhas, mas até o início da tarde deste domingo, os suspeitos seguem foragidos.


Policial foi baleado durante troca de tiros em
Campos Sales (Foto: Arquivo pessoal)

9º policial assassinado em 2016

Este foi o 9º policial assassinado no Ceará em 2016 e o segundo em 24 horas. Neste sábado, um policial foi assassinado durante uma troca de tiros em Sobral, na zona Norte do Estado. Segundo testemunhas, Antônio Anderson do Nascimento, 25 anos, estava à paisana e tentou defender um casal, que era alvo de tiros de dois bandidos. Conforme a perícia, o PM foi atingido no peito e morreu no local.

G1/CE

Filho de político preso quatro vezes ganha na Mega Sena


José Geraldo Riva Júnior, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, ganhou o prêmio de R$ 11,2 milhões na Mega-Sena, junto com mais dois amigos. A aposta foi feita com oito números e custou o total de R$ 98. As informações são do O Globo.

O pai do "sortudo", José Geraldo Riva, foi deputado estadual por cinco mandatos e foi preso pela quarta vez em outubro do ano passado. Ele foi investigado por desvio de verba de suprimento da Assembleia de Mato Grosso.

Três mulheres morrem durante perseguição policial na BR-116


Uma perseguição policial terminou com a morte de três mulheres após um acidente de carro, na noite do último sábado (7). Viaturas da Polícia Militar (PM) perseguiam uma Hilux roubada no Bairro Parangaba. Eles percorreram da Avenida Alberto Craveiro até o km 6 da BR-116, onde o carro colidiu com outros dois veículos. Equipes do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros tentaram reanimar as vítimas, mas estas não mais apresentavam sinais de vida.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo roubado seguia no sentido Fortaleza/interior, quando atingiu outro automóvel, um Polo, onde estavam as vítimas. Em seguida, colidiu em uma Parati, causando apenas escoriações no condutor. As mulheres identificadas por Raphaelle Vieira, 18, e Lais de Sousa Nobre, 54, eram mãe e ἀ渄lha. A terceira vítima não foi identificada. Segundo os policiais militares, elas estavam saindo de um encontro religioso.

Equipes da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) estiverem no local por volta de 23h para realizar a retirada dos corpos da via. O homem que roubou o veículo, Aberlado de Freitas Guedes Neto, 24, foi capturado pela PM. Ele sofreu apenas uma escoriação na testa e foi levado para o 30º Distrito Policial (DP). A PRF informou que o homem não tinha nenhuma passagem pela Polícia. A rodovia foi desobstruída por volta de 00h30, quando foram retirados os veículo para o pátio da unidade policial.


Diário do Nordeste

MPF apura falta de acessibilidade em provas do Enem em 12 estados

Maria é cadeirante e, aos 63 anos, realiza seu sonho de aprender a ler e escrever, em Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)

As denúncias são sobre casos de falta de estrutura física e equipamentos para que deficientes façam as provas, até ausência de apoio de intérpretes de libras para surdos. Nem todas se transformaram em ações.

Uma das ações ajuizadas vem de Novo Hamburgo (RS) e envolve um estudante que tem paralisia cerebral com sequela de atraso no desenvolvimento neuro psico motor e não conseguiu fazer o Enem em 2009. O candidato não possui qualquer restrição quanto à capacidade intelectual, à época, cursava o terceiro ano do ensino técnico integrado ao regular, e foi premiado por desenvolver um jogo para alfabetização de crianças com paralisia cerebral.

Segundo a ação, os pais do aluno tentaram inscrevê-lo no exame mediante a condição de que ele fizesse a prova em um computador com mouse e teclados especiais adaptados. Apesar da garantia do direito estar prevista no edital, o jovem não conseguiu o benefício. Em 2009, o Inep alegou, segundo a ação, que não seria possível a realização do exame porque o órgão teria tempo suficiente para comprar o equipamento necessário ao candidato.

‘Locais precisam ser aperfeiçoados’

O Procurador da República e integrante do Grupo de Trabalho de Educação do Rio de Janeiro, Sérgio Luis Pinel Dias, lembra que há dois anos o Ministério Público fez uma mobilização nacional para inspecionar os locais de provas do Enem. “Não era ruim, mas o fato é que é necessário avançar para garantir acessibilidade para pessoas com deficiência. O Enem é um processo, é uma política pública de fôlego, ocorre para um volume grande de pessoas e todo ano precisa ser aperfeiçoado.”

Os locais de aplicação do exame são escolhidos por consórcios contratados pelo MEC. Pinel lembra que é responsabilidade do ministério deixar claro os critérios de acessibilidade e cobrar para que as empresas os respeitem. E que, apesar, de haver prejuízos para candidatos deficientes que deixam de fazer o exame por ausência de infraestrutura, como o garoto de Novo Hamburgo, é inviável anular toda a prova por este motivo.

“Se o aluno deixou de fazer a prova, provavelmente eu vou ter dificuldade de anular o exame, mas esse erro merece ser reparado. E a responsabilidade é do MEC, ele precisa prevenir para que o problema não ocorra com os próximos alunos.”

O Inep informou que entre 2010 e 2015 houve um crescimento de 226% nos atendimentos específicos, de 123% nos atendimentos especializados e de 315% nos atendimentos a pedidos de recursos ou auxílios. “Além disso, o MEC e o Inep têm trabalhado em conjunto com o Ministério Público Federal para garantir os direitos de todos os participantes e o constante aperfeiçoamento do exame neste sentido”, diz a nota.

Mais de um Enem por ano

Para Pinel, uma das formas de resolver os problemas de acessibilidade seria aplicar mais de um Enem por ano, assim os locais que possuem infraestrutura para deficientes, poderiam ser usados em todas as edições. “Aplicar um exame simultaneamente para 6 milhões de pessoas é um desafio. Movimenta Polícia Federal, Correios, Forças Armadas. Eu não posso obrigar o administrador a fazer mais de um Enem por ano, mas posso apontar os problemas e exigir correções.”

O procurador acredita que um dos empecilhos para aumentar o número de edições do Enem por ano é o tamanho do banco de itens do Inep. “Ele não é suficientemente grande. O que aconteceu em 2014, quando uma questão usada no pré-teste foi repetida no exame, foi muito sério e denota que o banco de questões do Inep não é grande.”

Segundo o Inep, a quantidade de itens do banco é suficiente para a realização das próximas edições do Enem e que eles não têm relação direta com a questão da aplicação de duas edições do exame por ano. Segundo o instituto, o caminho é a aplicação online, “alternativa que está sob análise.”

Confira a nota na íntegra:

"O MEC e o Inep, ao longo de sucessivas realizações do Enem, vêm aprimorando o fornecimento de serviços profissionais especializados e de recursos de acessibilidade aos candidatos. Isso pode ser verificado no crescimento da quantidade de atendimentos realizados. Em relação a 2010, na última edição houve um crescimento de 226% nos atendimentos específicos, de 123% nos atendimentos especializados e de 315% nos atendimentos a pedidos de recursos ou auxílios.

Em 2015, foram realizados 92.821 atendimentos específicos para públicos como gestantes (8.424), lactantes (10.773) e guardadores de sábado (71.195). Também houve um total de 57.013 atendimentos a candidatos com alguma condição especial ou deficiência, por exemplo: baixa visão (11.414), deficiência física (21.246) e deficiência auditiva (7.219). O Inep atendeu outros 101.340 pedidos de recursos ou auxílios: prova super ampliada (7.210), sala de mais fácil acesso (17.683), auxílio para transcrição (8.011), auxílio de ledor (8.349), intérprete de libras (3.453), entre outros. Além disso, o MEC e o Inep têm trabalhado em conjunto com o Ministério Público Federal para garantir os direitos de todos os participantes e o constante aperfeiçoamento do exame neste sentido.

Sobre o banco de itens, destaca-se que o instituto promove periodicamente chamadas públicas para que professores de diversas áreas do conhecimento contribuam para a ampliação do repertório de questões que podem ser utilizadas no exame. A quantidade de itens é suficiente para a realização das próximas edições do Enem. Portanto, o banco de itens não tem relação direta com a questão da aplicação de duas edições do exame por ano.

Na última edição, o Enem recebeu 7,7 milhões de inscrições. As provas foram aplicadas em 211.980 salas, divididas entre 14.455 locais, distribuídos em 1.723 municípios. Ao todo foram 326 mil quilômetros percorridos para fazer as provas chegarem aos estudantes, entre 10.854 rotas de distribuição. Com uma logística desta dimensão, não há possibilidade de se realizarem duas edições do Enem ao ano com a segurança necessária.


O caminho é a aplicação online, uma alternativa sob análise. A aplicação do simulado online da Hora do Enem, que envolveu mais de meio milhão de participantes no último final de semana, faz parte do processo para a construção do Enem online. A experiência do simulado da Hora do Enem possibilitou a verificação de severas restrições de banda larga e de acesso a computadores com pontos de internet."

DO G1