As chuvas do Ceará ficaram abaixo da média entre fevereiro e maio, com desvio de -30,1% em relação à normal climatológica, conforme dados divulgados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recurso Hídricos (Funceme), na manhã desta quarta-feira, 1°. O desvio é maior que o de 2014, que teve -24,2% abaixo da média histórica, mas é superior aos anos de 2013 e 2013, com -40% e -50%, respectivamente.
Esse é o 4° ano consecutivo de seca, mas ainda não está situado entre os dez anos mais secos registrados no Ceará desde 1951. O mês mais crítico foi maio (-56,6%), seguido de abril (-40,4%) e fevereiro (-23,9%). Em março, a precipitação registrada chegou a se aproximar da normal climatológica, mas o desvio seguiu negativo (-13, 1%).
Segundo a Funceme, mesmo nos meses mais chuvosos, como março e abril, as médias mensais foram baixas, com 179,1 mm e 109,8 mm, respectivamente. Historicamente, março registra 206,2 mm e abril 184,3 mm. A região mais afetada com a precipitação baixa foi a Jaguaribana, com um desvio de -42%.
No Sertão Central e nos Inhamuns, foram registrados desvios de -37,5%, seguidos da Ibiapaba (-32,7%), Cariri (-28,6%) e Maciço de Baturité (-28,2%). O Litoral Norte e o Litoral do Pecém também ficaram abaixo d a média, mas se aproximaram da média histórica, com -14,8% e -11,9%,respectivamente. O Litoral de Fortaleza aparece com o menor desvio, cerca de -9,2%.
O menor total de precipitação foi registrado no município de Jaguaretama, que teve apenas 180,2 mm de acumulado de chuva, entre fevereiro e maio. O desvio na cidade, conforme a Funceme, corresponde a -69,4%. Ibiapina aparece como a cidade com o menor desvio (-1,1%), com um total acumulado de 1.245,2 mm.
O desvio das chuvas, desde o início do ano, ainda é maior que o da quadra chuvosa (fevereiro a maio). 1º de janeiro até 31 de maio de 2015, o volume de precipitação médio no Estado foi de
452,3 mm, o que corresponde a um desvio de -35,9% em relação a climatologia desse período que
é de 706,1 mm.
Infográfico o povo