Profissionais da educação física e da fisioterapia indicam as melhores atividades
A personal stylist Laura Jullyana Chaves está na 39ª semana de gestação. Ela adotou o pilates no 3º mês com o objetivo de garantir um parto tranquilo e humanizado
Fabiane de Paula
Respiração, circulação, flexibilidade, controle de peso e fortalecimento do assoalho pélvico são alguns dos benefícios adquiridos na prática da musculação do pilates e da hidroginástica.
Essas modalidades também favorecem o aumento da aptidão física, o condicionamento cardiorrespiratório, reduzem o risco de diabetes gestacional, da alteração da pressão arterial, além de melhorar o bem-estar psicológico.
Por esses motivos, o pós-graduando em prescrição de exercícios para grupos especiais, Fernando Colares, recomenda essas atividades físicas para gestantes, a exemplo da personal stylist Laura Jullyana Chaves, que optou pelo parto normal e humanizado.
Acostumada a praticar exercícios físicos, a futura mamãe escolheu o pilates como aliado no controle da respiração e, especialmente, no fortalecimento do assoalho pélvico, músculos que, quando bem trabalhados, facilitam na hora de realização do parto humanizado.
Na 39ª semana de gravidez, Laura Jullyana reconhece que esse é um período em que a mulher passa por grandes transformações e aceitações. Portanto, é importante praticar uma atividade física que proporcione benefícios físicos e emocionais. “Além disso, o ambiente, o contato diário com outras mãezinhas,tudo isso ajuda a elevar nossa autoestima e a preparar mais para um momento tão esperado”, destaca.
Vantagens
Os exercícios que envolvem o abdômen, a lombar e os membros inferiores são excelentes para a gestante. De acordo com a fisioterapeuta Amanda Rayssa Siqueira, o pilates trabalha todos os pontos necessários para esse período.
A modalidade apresenta movimentos específicos, conforme a idade, peso, altura e o período gestacional da aluna. “No segundo trimestre, utilizamos muito o alongamento e o fortalecimento. No fim do terceiro trimestre, focamos no fortalecimento da cintura pélvica. Esses músculos precisam estar bem trabalhados na hora do parto”, diz Amanda.
O assoalho pélvico, vale salientar, é trabalhado também para prevenir ou tratar a incontinência urinária, que acontece com algumas gestantes, ocasionada por conta do aumento de peso.
Treino
Alguns dos exercícios aplicados no pilates convencional são descartados para as grávidas. Para pontuar e evitar a sobrecarga nos treinos é importante fazer uma avaliação e ter certeza de que a mulher está acima de três meses.
As atividades são trabalhadas no solo, nos aparelhos e nas bolas. Conforme a fisioterapeuta Suellen Meyre Bruno, com a bola são explorados o equilíbrio, a coordenação motora e o assoalho pélvico da mulher.
O pilates é uma prática física considerada tranquila, a não ser que o médico ateste algum risco na gravidez, a exemplo de útero invertido ou sangramento. Caso contrário, a futura mamãe, mesmo sedentária, pode iniciar as aulas a partir do 3º mês de gravidez.
“O descanso necessário do corpo para se preparar para a chegada do bebê deve ser a partir do 8º mês. Porém, quando a aluna é praticante de alguma modalidade esportiva e está se sentindo bem, ela pode se estender até a 39ª semana sem riscos”, afirma Suellen.
Ritmo
O ideal são duas aulas por semana. Independentemente de ser no 1º ou no 3º trimestre. “O ritmo dos exercícios deve respeitar as condições físicas individuais para que a gestante consiga manter o controle até a musculatura despertar e se acostumar com os movimentos. A aluna pode fazer uma hora completa de atividade ”, completa a fisioterapeuta.
Orientações
O ideal é iniciar o programa de exercícios antes da gravidez. Dessa maneira fica mais fácil e leve continuar o estilo de vida saudável.
Para as futuras mamães ativas e acostumadas com exercícios aeróbicos intensos, elas podem continuar as atividades, respeitando suas condições.
As práticas mais recomendadas durante a gravidez são: musculação, pilates e hidroginástica. Os exercícios ajudam a fortalecer os músculos do “core” abdominal.
Os exercícios devem ser ajustados a cada trimestre por conta das alterações corporais da gestante.
Red; DN