Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Ceará retomaram oatendimento ao público nesta quinta-feira, 1°, após 85 dias de greve – encerrada em assembleia realizada na última sexta-feira, 25. Os funcionários voltaram ao trabalho na quarta-feira, 7, com organização da demanda interna, e todas as agências abriram normalmente nesta quinta-feira, 1°, conforme o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Ceará (Sinprece).
De acordo com a diretora do Sinprece, Carmem Marques, a retomada das atividades estava marcada para o início da semana, mas houve atraso na assinatura do acordo com o Governo. “A assinatura ocorreu às 22 horas de terça-feira, 29, e a orientação do Comando Nacional era de que os funcionários só voltassem depois disso”, frisou.
Segundo a diretora, o sindicato cearense cumpriu as recomendações do Comando Nacional e todas as agências estão funcionando normalmente. No entanto, ela lembra que os atrasos são esperados, pois há um déficit de aproximadamente 15 mil servidores no País. “Não vai ter concurso e o serviço é o mesmo. Lógico que o atendimento vai demorar, mas vamos atender toda a demanda da melhor forma possível”, explicou.
No Brasil, 16 estados brasileiros aderiram à greve, entre eles São Paulo, Maranhão e Bahia. Na época em foi deflagrada a greve, o INSS informou que estava oferecendo remarcação de atendimento aos prejudicados. O acordo assinado entre o governo e as entidades sindicais prevê aumento salarial de 5,5% em 2016 e de 5% em 2017 e a incorporação da média da gratificação em três parcelas iguais, a partir de 2017.
O INSS no Ceará informou, por meio de sua assessoria, que o número de atendimentos prejudicados com a greve no Estado não foram. Mas somente na agência Fortaleza Centro, na rua Pedro Pereira, uma média de 55 mil pessoas deixaram de ser atendidas. A média diária de atendimentos na unidade é de 850 a 900 pessoas, conforme o Sinprece.
Médicos peritos em greve
O atendimento na área de perícias médicas deve continuar restrito, porque a categoria está em greve desde o início de setembro. No caso das perícias médicas marcadas, o INSS informou que o segurado deve ligar previamente para o 135 e consultar a situação na agência em que foi feito o agendamento.
De acordo com nota divulgada pelo instituto, quem não for atendido por causa da paralisação dos peritos terá a data de atendimento remarcada. A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) possui reivindicações específicas, como efetivação das 30 horas semanais existentes, fim da terceirização da perícia, reposição de perdas inflacionárias, reformas estruturais da carreira, das normas e do ambiente de trabalho.
Segundo a ANMP, 30% dos peritos continuarão trabalhando diariamente para atender agendas prioritárias e minimizar o impacto social da greve.
O POVO Online