Policiais federais da delegacia de Juazeiro do Norte aprenderam, nesta manhã, três milhões de cigarros contrabandeados. As 300 caixas estavam escondidas em um depósito no bairro Muriti, na cidade de Crato. A apreensão foi realizada após os agentes federais receberem informações anonimamente do contrabando na região do Cariri.
Os cigarros paraguaios, das marcas Menthol, Mighty, GIFT, US American Blend e EL, foram levados para a sede da Polícia Federal, situada a rua Interventor Erivano Cruz, em Juazeiro do Norte. O dono do imóvel, que não estava no momento da apreensão, já se apresentou à Polícia juntamente com seu advogado. Esta foi a maior apreensão de cigarro em 2016, na cidade cratense.
Lucratividade
As apreensões de veículos com cigarros do Paraguai são diárias em diversas rodovias brasileira. O elevado número de pessoas que tentam realizar o contrabando se explica pela alta lucratividade do produto. Para se ter uma ideia, a quantidade de cigarro apreendida hoje representa, em valor, cerca de R$ 60 mil.
Algumas marcas custam, em média, R$ 1,50 se compradas no Paraguai. Nas mãos dos intermediários, esse valor se multiplica e eles chegam a ganhar, por caixa, R$ 475. Em algumas regiões do Estado, o produto é vendido ainda mais caro, chegando a render ao contrabandistas mais de R$ 700.
De acordo com os policiais que fiscalizam as fronteiras das regiões oeste e noroeste no estado, em uma estima mais ampla, uma carga composta por 500 caixas de cigarro – quantidade próxima a que apreendida em Crato – pode render de R$ 230 mil a R$ 360 mil bruto, aos intermediadores do produto.
Diário do Nordeste