O açude Gameleira, em Itapipoca, é o terceiro manancial sangrando no Ceará. No mesmo município, o Quandú sangra desde março. Além deles, o Caldeirões, em Saboeiro, atingiu a capacidade máxima de seu reservatório. O Maranguapinho, em Maranguape, está bem próximo de voltar a sangrar, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
No momento, o Ceará possui mais três açudes com volume acima de 90%. O Colina, em Quiterianópolis, está com 97,44% do limite máximo. Seguem na mesma situação os seguintes mananciais: Gavião, em Pacatuba, com 91,93%; e Trici, em Tauá, com 90,74%.
Nos últimos sete dias, quando o Estado foi banhado por constantes chuvas, os açudes Castanhão, Orós, Taquara, Lima Campos e Rosário tiveram bom aporte. Apesar disso, a situação segue crítica. O Castanhão, por exemplo, responsável por levar água para o abastecimento de Fortaleza, está com volume abaixo de 10%.
Conforme a Cogerh, 121 açudes apresentam volume inferior a 30%. Os dados apontam que 37 mananciais estão em volume morto no Estado, enquanto 23 estão secos.
Em Quixeramobim, três açudes estão secos: Fogareiro, Pirabibu e Quixeramobim. O município de Tauá também está com um afluente seco, o Forquilha II.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão para esta quarta-feira, 6, é de nebulosidade variável com períodos de chuvas durante a manhã. Nesta quinta-feira, 7, o órgão prevê nebulosidade variável com possibilidade de chuva no decorrer do dia.
Chuvas abaixo da média
Há 70% de probabilidades de o Estado ter chuvas na categoria abaixo da média no trimestre (março, abril e maio), segundo a Funceme. As chances de haver precipitações na categoria em torno da média é de 25%; na categoria acima da média é de 5%.
O principal fator que influencia essa perspectiva de persistência da seca no Ceará é a atuação do El Niño, que traz impactos negativos no regime de chuvas do Estado principalmente nos meses de abril e maio. Assim como observado no prognóstico anterior, divulgado em janeiro, a intensidade elevada do El Niño diminui as chances de precipitações mais regulares no Ceará.
O POVO Online