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domingo, 31 de janeiro de 2016

Japonesa é assaltada, espancada e sofre tentativa de estupro

Mulher de origem japonesa reagiu ao ataque na Praia do Futuro, entrou em luta corporal e conseguiu escapar. Polícia prendeu o suspeito minutos depois

Uma turista que veio de Curitiba, no Paraná, para um evento em Fortaleza foi assaltada, espancada e sofreu uma tentativa de estupro, no calçadão da Avenida Zezé Diogo, na Praia do Futuro, na última sexta-feira (29). A mulher de origem japona - que mora em Curitiba desde os 3 anos -  disse que reagiu ao ataque, entrou em luta corporal com o suspeito e conseguiu escapar.

Rika Yamane, 39, conta que o suspeito se aproximou e deu uma paulada na cabeça dela. Depois de tomar os pertences da japonesa, o jovem lhe deu vários socos no rosto e tentou estuprá-la. “Eu quase desmaiei, mas tentei me soltar e gritei pedindo socorro. [ A violência ] não é um problema só de Fortaleza, é do Brasil. O que aconteceu aqui podia ter sido no Rio de Janeiro, São Paulo, ou em minha cidade, Curitiba, que são igualmente violentas”, lamentou.

Polícia prende suspeito, que agia com facão em nova ação

Depois do crime James Costa Barbosa, 20, foi em casa, pegou um facão e foi novamente até a avenida para tentar assaltar um ônibus, mas foi flagrado pela Polícia. “Não satisfeito com o que fez com a turista, ele foi pegar uma arma para praticar outros crimes. Desta vez, a Polícia foi acionada e efetuou a prisão”, disse o sargento Valdir Sombra. 

James Barbosa foi conduzido ao 2ºDP (Aldeota). Ele confessou o crime e disse que estava roubando para pagar dívidas a um traficante de drogas. A mãe dele também esteve no local e afirmou que o filho precisa pagar pelo que fez. “Dei muito conselho para ele sair desse mundo do crime. Se fez alguma coisa errada tem sim que pagar”, afirmou a mulher, que não revelou seu nome.

Morte de Gaia e estupro de alemã em casos anteriores no CE

A violência sofrida por Rika Yamane ocorreu um pouco mais de um mês da ação envolvendo a turista alemã em Jericoacoara, que foi roubada e estuprada por Francisco Fágner Fernandes, 20 anos, preso dias depois. Outro caso, que ganhou repercussão internacional, foi a morte da italiana Gaia Molinari, também em Jericoacoara. Até hoje a Polícia ainda não desvendou a morte da turista, ocorrida em 25 de dezembro de 2014.

Diário do Nordeste

Segurança. Um dia sem homicídios em Fortaleza

Nenhum homicídio foi registrado em Fortaleza, durante a última sexta-feira, 29. No decorrer das 24 horas, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) contabilizou dois assassinatos. Ambos, porém, se deram em bairros distintos da cidade de Caucaia, na Região Metropolitana da Capital.

De acordo com a titular da DHPP, Socorro Portela, situações como essa são atípicas, muito embora neste mês de janeiro a Divisão já tenha registrado outro dia sem assassinatos em Fortaleza. A delegada não soube informar, porém, que dia do mês teria sido, nem o que provocou a falta de ocorrências.

“O certo é que, nas 24 horas de sexta-feira, nenhum assassinato foi registrado. Não podemos comemorar esse tipo de situação, até porque hoje (sábado) poderá ser um dia violento. Mas é algo que deve ser divulgado, até porque foi numa sexta-feira. Acredito que possa ter sido por conta do policiamento nas ruas, mas é difícil afirmar”, destacou Socorro.

As duas mortes contabilizadas em Caucaia, foram registradas às 23 horas, no bairro Itambé, e às 21h49min, no Tabapuazinho. Já na madrugada de sábado, houve um achado de cadáver no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza.

Maior incidência

De fato, existem motivos para se “estranhar” um dia do fim de semana sem o registro de assassinatos na Capital. Levantamentos da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) apontam que metade dos homicídios cometidos no Ceará em 2015 se deram nos fins de semana. No ranking dos dias com maior incidência de casos, a sexta-feira ficou em terceiro lugar, com 567 mortes. Sábado e domingo foram os dias mais violentos, com 718 homicídios cada.


Levantamento do Banco de Dados do O POVO aponta que a última notícia do tipo foi publicada em 27 de outubro de 2012, quando nenhum homicídio foi registrado no Ceará durante o apagão que atingiu 11 estados do País, que durou aproximadamente cinco horas. Na ocasião, a explicação da SSPDS foi de que o blecaute foi registrado num momento em que as pessoas estavam em casa, contribuindo para a redução da criminalidade. 

NÚMEROS

14%

É o percentual de homicídios registrados às sextas-feiras, em 2015. Considerando os sábados e domingos, a concentração foi de 49,8% das mortes. Foram 2.003 casos nos fins de semana

O Povo Online