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domingo, 25 de abril de 2021

Ceará recebe cilindros de oxigênio de outros estados após explosão em fábrica

 White Martins e o Governo do Ceará já garantiram que não teria problema no abastecimento da rede pública de saúde aos pacientes de Covid-19. Uma das unidades da produtora de oxigênio explodiu neste sábado, em Fortaleza.

Por G1 CE

Unidade onde houve explosão era responsável pelo enchimento de cilindros. — Foto: Kid Júnior/SVM

Unidade onde houve explosão era responsável pelo enchimento de cilindros. — Foto: Kid Júnior/SVM

O Ceará está recebendo cilindros de oxigênio vindos de outros estados após a explosão ocorrida neste sábado (24) nas dependências da empresa White Martins, que fornece o elemento em forma gasosa para unidades hospitalares de Fortaleza e diversas cidades cearenses. O acidente deixou seis pessoas feridas e causou prejuízos a moradores do entorno, que tiveram janelas e portas danificadas.

Em nota, a empresa diz que está "intensificando a substituição de estocagem de oxigênio na forma gasosa pela forma líquida nos estabelecimentos assistenciais de saúde". A White Martins e o Governo do Ceará garantiram, neste sábado, que a explosão não impactaria no abastecimento do gás, utilizado no tratamento de pacientes com problemas respiratórios em decorrência da Covid-19 e internados nas unidades hospitalares.

VÍDEO: Explosão de cilindro de oxigênio em Fortaleza
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VÍDEO: Explosão de cilindro de oxigênio em Fortaleza


Segundo a empresa, as instalações afetadas pelo sinistro não são responsáveis pela produção de oxigênio, apenas pelo enchimento dos cilindros. "A produção de oxigênio líquido no estado não foi comprometida", afirma a organização.

De acordo com a White Martins, as causas do acidente estão sendo investigadas pelas autoridades estaduais e por uma empresa contratada a fim de "realizar uma perícia detalhada do caso". A ideia é que sejam feitas avaliações das condições de infraestrutura da unidade com a intenção de as operações serem "retomadas com segurança o mais breve possível".

Ressarcimento a moradores

Residências do bairro foram danificadas com explosão. — Foto: Kid Júnior/SVM

Residências do bairro foram danificadas com explosão. — Foto: Kid Júnior/SVM

Em nota, a empresa informou que iniciou os contatos com vizinhos da fábrica, que fica no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, e tiveram suas residências atingidas por causa da explosão. O acidente danificou janelas e portas de casas da região, cujo barulho foi ouvido em diversos bairros da cidade.

Com isso, a White Martins garantiu que as tratativas com os vizinhos da unidade são para ressarci-los dos prejuízos causados. Conforme e organização, um casal de moradores foi encaminhado a um hotel com hospedagem temporária providenciada. Foi aberto um canal na central de relacionamento para solicitações dos moradores, o número é o 0800 709 9000.


A empresa ainda informou que duas pessoas que estavam presentes na fábrica durante a explosão continuam hospitalizadas e com quadros de saúde estáveis.

Em 4 anos, Supremo gastou R$ 80 milhões com segurança

 

Criticado recentemente por decisões relacionadas à segurança da população, como o impedimento de operações policiais em favelas do Rio de Janeiro e a interferência no decreto de armas do presidente Jair Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal (STF) parece se preocupar bastante com a própria segurança.

Os contratos relacionados à proteção dos 11 ministros e dos funcionários da Suprema Corte são os mais altos em vigência no STF. Somados, os acordos direcionados à área chegam ao montante de R$ 80 milhões em quatro anos – de 2017 até agora – e são divididos em segurança pessoal e vigilância armada.

O contrato de maior valor, que chegou a R$ 40,3 milhões em 2021, com aditivos, é com a empresa Esparta Segurança LTDA. O serviço prestado pela companhia é direcionado apenas à proteção dos 11 ministros da Corte.

– Eles fazem tarefas diferentes, como condução de veículos, acompanhamento em eventos ou viagens e segurança direta das residências dos ministros – informou a Suprema Corte.

O segundo mais caro aos cofres públicos, no valor de R$ 39,8 milhões, é o de prestação de serviços de apoio administrativo na área de vigilância patrimonial – ou seja, na sede do Supremo. De acordo com a assessoria do STF, a empresa que recebe a quantia – Zepim Segurança e Vigilância – é responsável pela segurança interna e externa.

A contratação de segurança pessoal para os ministros da Corte foi feita em 14 de novembro de 2017, pelo prazo de 30 meses (2 anos e 6 meses), podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Inicialmente, o valor do contrato era de R$ 25,7 milhões, mas, com prorrogação e aditivos, chegou a mais de R$ 40 milhões.

Já o contrato de vigilância patrimonial foi firmado em 1° de março de 2017, também pelo período de 30 meses (2 anos e 6 meses). O valor a ser desembolsado pelo STF, previsto no início da negociação, era de um total de R$ 28,6 milhões. No entanto, a prestação de serviço foi prolongada, e o custo chegou a R$ 39,8 milhões.

(Paulo Moura)

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Suspeitos de estupro contra jovem em Quixadá são presos mas um deles acaba liberado

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Neste sábado (24) a Polícia Militar através do Destacamento de Banabuiú acabou prendendo dois suspeitos de estuprar uma jovem no distrito de Juatama, em Quixadá, após praticarem um roubo. O crime repercutiu bastante e gerou bastante revolta e indignação na população. Desde então os mesmos vinham sendo caçados e acabaram presos hoje em uma comunidade rural do município de Banabuiú.

Um forte aparato policial foi montado para prender os suspeitos que decidiram se entregar a polícia após se sentirem acuados. Ambos foram conduzidos a Delegacia Regional de Polícia Civil de Quixadá, mas apenas um deles acabou ficando preso, uma vez que contra o segundo suspeito não havia mandado de prisão expedido pela Justiça.

O suspeito que ficou recluso é apontado pelas Forças de Segurança como o autor do estupro que vitimou a vítima. A equipe da TV Monólitos esteve na Delegacia de Quixadá e traz detalhes exclusivos sobre essas importantes prisões.

Assista abaixo a reportagem completa.


MPF denuncia desembargador do TJ-TO e advogados por suposta venda de sentenças

 

O Ministério Público Federal denunciou o desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) Ronaldo Eurípedes de Souza e outras oito pessoas. Eles são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema de venda de sentenças.

Junto com a denúncia, assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, o MPF enviou ao Superior Tribunal de Justiça cota na qual pede a manutenção do afastamento de Ronaldo Eurípedes de Souza da função de desembargador, bem como a perda do cargo. O mesmo se aplicaria aos outros denunciados Luso Aurélio Sousa Soares e Geraldo Henrique Moromizato.
O MPF também pede que os denunciados sejam condenados ao pagamento de indenização mínima, no valor de R$ 3,43 milhões, correspondentes ao montante supostamente pago e recebido como propina, a título de danos morais.

Investigação e denúncia

Segundo Lindôra Araújo, tendo em vista a complexidade da investigação do Inquérito 1.191/DF, que reúne farta quantidade de documentos, informações financeiras e patrimoniais, depoimentos e diversos relatórios elaborados pela equipe policial, a denúncia "abarcará apenas parte dos delitos já apurados, narrando crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro".

A subprocuradora-geral destaca que a peça de acusação trata somente dos crimes envolvendo dois conjuntos de fatos que gravitam ao redor dos casos do Loteamento Costa Esmeralda e da Empresa Sul Americana de Montagens (EMSA). Ela informa ainda que outras denúncias serão apresentadas na sequência, sem prejuízo da continuidade das investigações quanto aos demais eventos que se mostrarem necessários.

Na denúncia, protocolada na noite dessa quinta-feira (22/4) no STJ, o MPF aponta que os elementos de prova colhidos revelam que há correspondência entre decisões judiciais e movimentações financeiras ilicitamente recebidas, bem como a existência de manobras processuais para favorecer indevidamente determinadas partes e seus causídicos. Lindôra Araújo afirma que "o desembargador comerciava sua função pública, proferindo decisões mediante o pagamento de vantagens indevidas, fazendo-o em parceria com certos advogados".

Loteamento Costa Esmeralda

A peça narra que, no período de 15 de abril de 2014 a 2 de fevereiro de 2015, em Palmas (TO), o desembargador, em razão de suas funções, e o servidor do TJ-TO Luso Aurélio Souza Soares vinculado ao seu gabinete (também denunciado) teriam recebido vantagens indevidas no valor de R$ 233,2 mil.

O montante teria sido pago em troca de decisões judiciais favoráveis a um empreendimento imobiliário de interesse do corretor de imóveis Neilton Machado de Araújo e de Geraldo Henrique Moromizato, "sócio oculto" de empresa e oficial de Cartório Extrajudicial, também denunciados pelo MPF.

Segundo a acusação, após a consumação dos delitos de corrupção passiva e ativa, no período de 15 de abril de 2014 a 13 de agosto de 2015, nos municípios de Palmas (TO) e Mara Rosa (GO), em, ao menos 11 oportunidades distintas, os denunciados teriam ocultado e dissimulado a natureza, a origem, a localização, a disposição, a movimentação e a propriedade de, no mínimo, R$ 233,2 mil, configurando o crime de lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPF, o crime de lavagem ocorreu por meio de depósitos nas contas de Luso Aurélio, da conversão em ativos lícitos do produto de crimes de corrupção, do distanciamento do dinheiro de sua origem ilícita, mediante a simulação de contratos, aditivos de contratos de honorários advocatícios ou ainda pela simulada transferência de veículo ao advogado Alex Hennemann. A acusação ainda aponta a ocultação de bem móvel destinado ao desembargador, além da aquisição de um imóvel rural, em Mara Rosa (GO), por Ronaldo Eurípedes.


Caso EMSA

De acordo a denúncia, no período de 3 de abril de 2013 a 19 de maio de 2017, em Palmas (TO), Ronaldo Eurípedes de Souza e o advogado Alex Hennemann teriam recebido vantagens indevidas no valor de, pelo menos, R$ 1,13 milhão. O dinheiro seria pagamento por decisões judiciais favoráveis à Empresa Sul Americana de Montagens (EMSA).

Segundo o MPF, após a consumação dos delitos de corrupção passiva e ativa, no período entre o fim de maio de 2013 e 19 de maio de 2017, em, ao menos 43 oportunidades distintas, o desembargador, de forma reiterada e atuando junto com Alex Hennemann e o advogado da EMSA Marcos Vinícius Labre Lemos de Freitas, praticaram o delito de lavagem de dinheiro.

A peça narra que eles ocultaram e dissimularam a natureza, a origem, a localização, a disposição, a movimentação e a propriedade dos valores recebidos, por meio de depósitos nas contas de Hennemann, pela circulação em espécie do produto do crime de corrupção, além do distanciamento do dinheiro de sua origem ilícita, mediante a simulação de contratos e aditivos de contratos de honorários advocatícios.

O MPF aponta que, entre 10 de junho de 2013 e 19 de maio de 2017, também em Palmas, o procurador de Justiça Clenan Renaut de Melo Pereira e seus filhos Juliana e Fábio Bezerra de Melo Pereira receberam, por meio do escritório Melo & Bezerra Advogados, vantagem indevida de R$ 348,4 mil. O valor foi repassado pelo advogado da EMSA Marcus Vinícius Labre Lemos de Freitas em troca da prática de ato de ofício pelo procurador de Justiça.

Segundo a denúncia, após a consumação dos crimes contra a administração pública, Clenan Renaut de Melo Pereira, Juliana e Fábio Bezerra de Melo Pereira e Marcus Vinícius Labre Lemos de Freitas, por 23 vezes, ocultaram e dissimularam a natureza, origem e propriedade dos valores provenientes dos delitos de corrupção passiva e ativa. De acordo com a peça de acusação, eles efetuaram reiteradas transações bancárias em favor do escritório Melo & Bezerra Advogados, como se o dinheiro fosse resultante de serviço de advocacia.

Os advogados criminalistas Daniel Gerber e Eduardo Guimarães, que representam o desembargador Ronaldo Eurípedes de Souza, afirmam que este era um movimento aguardado por parte do Ministério Público. "Sem dúvida alguma, teremos todo o devido processo para demonstrarmos a inconsistência das acusações", afirmam os advogados.

Clique aqui para ler a denúncia

Fonte: Conjur