Jornalistas que cobriam a reunião da cúpula do continente, formado por 11 países da América do Sul, foram agredidos dentro do Itamaraty, em Brasília, por agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Presidente Lula, e por membros da comitiva de segurança do venezuelano Nicolás Maduro, da Venezuela. A cena ocorreu nesta terça-feira (30).
Entre os jornalistas agredidos está a setorista de política da TV Globo, Délis Ortiz, uma das mais experientes profissionais de imprensa na cobertura política, e que faz para os principais telejornais da emissora, a cobertura do dia a dia de Brasília. Além dela outros jornalistas também foram atingidos.
As agressões teriam ocorrido em meio a um empurra-empurra, quando os profissionais de imprensa tentavam se aproximar de Nicolás Maduro durante uma entrevista, e foram impedidos por seguranças do político venezuelano e por agentes do GSI. Delis Ortiz teria sido agredida com um soco no peito.
Postura da Globo
Crítica ferrenha ao tratamento dispensado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro com seus jornalistas, a TV Globo apenas divulgou uma nota em tom sereno, de três linhas, onde diz repudiar o ato de violência, s esolidariza com Délis Ortiz e dix que aguarda as providências serem tomadas. No período em que Bolsonaro estava na Presidência, por vezes a GLobo emitiu editoriais no Jornal Nacional, prática pouco comum e usual para o estilo de telejornalismo padronizado adotado pela emissora, para condenar a postura presidencial com os jornalistas. Desta vez, quando um dos seus profissionais foi agredido, a Globo se limitou a dizer suscintamente que aguarda providências, postura que despertou atenção dos apoiadores de Bolsonaro pelo estilo partidário da emissora carioca.
Também em nota o Ministério das Relações Exteriores lamentou a agressão a profissionais de imprensa e afirmou que tomará providências para apurar responsabilidades. A Secretaria de Imprensa da Presidência da República afirma que todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita.
