O secretário de Segurança Pública do Estado, Delci Teixeira, afirmou que a polícia cearense “vem fazendo um bom trabalho” e que ainda não é a hora de apelar à Força Nacional. Apesar de admitir a carência no efetivo policial cearense, Delci defende que a polícia “não esteja falida” e que “ainda dá cabo” da segurança do Ceará.
Delci Teixeira garantiu que a “onda de boataria” está sendo observada com atenção para evitar outros incidentes e que os problemas identificados na comunicação entre as viaturas da polícia seriam corrigidos. O deputado Carlos Matos, líder do PSDB, considerou “inaceitável” a falta de comunicação entre os agentes de segurança.
O secretário admitiu ainda que houve cortes na pasta, mas omitiu o valor e explicou que “nenhum desses cortes nós (da Secretaria de Segurança) tivemos dificuldades em nos readequar”. Segundo o deputado Carlos Matos, líder do PSDB na Casa, o Ceará é hoje o quarto estado que menos investe em Segurança Pública.
O líder do Psol, deputado Renato Roseno, criticou ainda a “ausência de protagonismo do senhor governador Camilo Santana” e cobrou um planejamento eficaz de segurança pública e humana no Estado e estratégico do Pacto por um Ceará Pacífico (programa do governo para reduzir índices de criminalidade). Por sua vez, o deputado Capitão Wagner (PR) cobrou do secretário qual o recurso e efetivo policial necessário para que o problema da Segurança Pública no Estado seja resolvido.
Milícias
Delci afirmou que uma força tarefa já está apurando, junto à Controladora Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD), se houve participação de agentes de segurança na morte de 11 pessoas na Grande Messejana. “Para nós, não há nenhum problema em responsabilizarmos se alguém cometeu algum desses tipos de crime”.
Medidas
O secretário assumiu que “falta recurso e falta homens”, porém esses problemas serão resolvidos “paulatinamente”. Para Delci, no cenário financeiro atual, o número viável de contratação é de cerca de 1.400 homens – número de vagas no concurso para Polícia Militar – e que, com esse efetivo, já será possível alcançar alguma melhora. A verba da secretaria, para ele, deve aumentar seguindo uma melhora no quadro financeiro nacional.
Das ações realizadas na área, segundo o secretário, o aporte no efetivo policial aumentou em 1.022 policiais militares, 252 praças, 33 oficiais bombeiros, 202 oficiais, além de ter havido a formação recente de médicos legistas e peritos. Delci Teixeira ressaltou também que existe um curso, já em fase final, que vai aumentar o efetivo da Polícia Civil em 778 novos policias, além de delegados e escrivães. “Teremos ainda um curso para a capacitação dos militares, entre estes, 3.340 sargentos a serem promovidos”, afirmou.
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