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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Estudo aponta que violência no Brasil tende a piorar até 2023, com mais mortes e o avanço do tráfico de drogas


Até o ano de 2023 o Brasil continuará apresentando altas taxas de violência, especialmente os casos de homicídios gerados pelo tráfico de drogas e pela atuação de organizações criminosas. A população carcerária vai aumentar e o crime se estenderá de vez pelo interior do País. Esta é a conclusão de um estudo divulgado, nesta segunda-feira (23), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Batizada de “Violência e Segurança Pública em 2023, Cenários Exploratórios e Planejamento Prospectivo”, a análise projeta que nos próximos oito anos, o País continuará mergulhado numa crise gravíssima no campo da Segurança Pública e do Sistema Penal. E um dos principais causadores deste cenário, segundo o estudo, é a desigualdade social, aliado ao fácil acesso a armas de fogo no Brasil. 

Ainda de acordo com o levantamento do Ipea, para os próximos oito anos, há uma tendência de continuidade da ampla divulgação de ocorrências criminais (através de noticiários), que vem acompanhada de uma alta sensação de insegurança entre os cidadãos. 

O estudo diz também que diante de tal situação, há “incertezas” se a relação entre as forças policiais e a sociedade irá melhorar, bem como, se haverá progresso na esfera da investigação criminal e maior poder dos municípios em relação à Segurança Pública. O estudo do Ipea aponta também que a violência tornou-se endêmica no País e vem se acentuando com a piora da crise econômica, que traz o desemprego, a desigualdade social e a evasão escolar. 

Melhorias A partir de “incertezas-chaves”, foram criados no estudo quatro cenários para 2023. O primeiro aponta que melhorias devam ser feitas nas políticas sociais. Neste cenário, o Município tem um papel mais forte na prevenção à violência. 

Os Municípios, com o apoio dos governos estadual e federal, deverão atuar de forma mais firme na prevenção. Outro cenário revela que deve ser melhorada a Segurança Pública brasileira, coma reforma das polícias e das políticas penitenciárias. 

Outra alternativa para melhorar o quadro é a unificação das polícias (civil e militar), mais programas de prevenção nas escolas e a articulação de lideranças comunitárias. O estudo diz também que devem ser melhoradas as investigações criminais e as medidas socioeducativas.

Blog do Fernando Ribeiro