A cabeça de um deles se assemelha a de um elefante; o outro é siamês. Professora de biologia associa o fato a caso de gêmeos e mutação genética
O nascimento de dois porcos com anomalia tem movimentado a pacata Rua Francisco dos Santos, no bairro da Várzea, em Morada Nova. A população ficou impressionada com as imagens dos animais divulgadas na internet. Um deles apresenta na cabeça um tipo de “tromba” que lhe dar a aparência de um elefante. Já o outro; é siamês com uma única cabeça.
Desde então, o dono dos porcos, o funcionário público Marcelino Aquino, de 48 anos, tem recebido constantes visitas em sua casa. Todos querem notícias dos bichos ‘estranhos’. “já fiquei conhecido como o dono dos porcos de outro mundo. Às vezes acho é graça da reação das pessoas”, conta Marcelino, que trabalha há 20 anos com a compra e venda de animais.
Para ele, que tem uma criação atual de 80 suínos, este tipo de anomalia não é tão incomum. “Isso já aconteceu umas cinco, seis vezes. Só repercutiu assim agora porque a vizinha, que tem os porcos junto dos meus, deixou tirarem foto e por na internet”.
Segundo Marcelino, o porco com características siamesas durou em cerca de 10 minutos vivo após o nascimento. O “Cabeça de Elefante”, como foi batizado, durou 20 minutos com vida. Os outros dez irmãos sobreviveram e já têm quase um mês completo. Eles não apresentam anomalia.
Aquino acredita que o fato ocorra por conta da má formação do feto, explicação que não parece plausível para técnica em Agropecuária, Lycia Cavalcante. “Anomalia não é tão incomum pelo fato de sempre cruzarem animais da mesma família, como pai com filhas; netas com ‘avôs’. Isso leva a uma mistura de DNA da mesma linhagem, causando anomalias. O bom seria trocar o reprodutor de temporadas de reprodução”, opina.
A professora de Biologia da Escola de Ensino Profissionalizante Osmira Eduardo de Castro do município, Solange Batista, completa com uma explicação razoável. “O porco siamês trata-se de um fenômeno raro, que ocorre somente entre gêmeos univitelinos, que se originam de um único óvulo fertilizado e compartilham a mesma placenta. Isso acontece quando o embrião se divide só após o 13º dia de gestação (o normal é até o 3º dia), o que pode fazer com que os fetos fiquem grudados por diversas partes do corpo.
Todo alarde em torno dos animais está associado ao desconhecido. “As pessoas não estão acostumadas com o diferente. Para mim e outros criadores é normal. Há coisas mais esquisitas nesta vida. Meus porcos não é nada de outro mundo”, concluiu o dono dos já falecidos porcos bizarros.
Por Carlos Alex - Limoeiro Plantão Policial
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