17/05/2025
Em Ji-Paraná, Rondônia, um incidente envolvendo um cão da raça chow-chow chamado Jake e sua tutora, a técnica de enfermagem Natani Santos, de 17 anos, resultou em uma série de eventos que têm gerado discussões intensas nas redes sociais e entre especialistas em ética animal.
No dia 5 de maio de 2025, Natani foi atacada por Jake, que arrancou parte de seu lábio superior. O ataque ocorreu de forma inesperada, e a jovem precisou passar por uma cirurgia de reconstrução labial em Santa Catarina. Para auxiliar nos custos relacionados à viagem e ao pós-operatório, uma campanha de arrecadação online foi organizada.
Enquanto Natani se recuperava, seu marido, Tiago, preocupado com a possibilidade de novos ataques, especialmente aos filhos do casal, decidiu levar Jake ao Centro de Bem-Estar Animal do município. Lá, assinou um termo de consentimento para a realização da eutanásia do animal, caso fosse considerada necessária.
A Secretaria Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal informou que a decisão de eutanasiar Jake foi tomada para “preservar a integridade física dos servidores, da população e de outros animais”, ressaltando que o cão apresentava comportamentos agressivos, inclusive avançando sobre funcionários do centro. Apesar disso, Jake não foi diagnosticado com raiva.
Natani, que não foi informada previamente sobre a eutanásia de seu cão, expressou sentimentos de tristeza e confusão. “Não tenho raiva dele, não tenho ódio, não tenho rancor”, afirmou. “Mas não ter mais o meu animal e não ter mais estrutura psicológica para tê-lo perto de mim está de alguma forma mexendo muito comigo.”
O caso gerou uma onda de críticas e ataques nas redes sociais direcionados a Natani, levando Tiago a declarar que sua esposa “está sendo massacrada na internet” e que ela “está com medo de andar na rua”.
Especialistas em ética animal destacam que a eutanásia de animais deve ser realizada apenas em casos extremos, com o consentimento do tutor e após avaliação criteriosa. A situação de Jake levanta questões sobre os procedimentos adotados por centros de zoonoses e a importância de uma comunicação clara e transparente com os tutores.
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