O SETOR PRODUTIVO CEARENSE, representado no Comitê de enfrentamento ao Coronavírus
do Governo do Ceará pela FIEC, FECOMÉRCIO, FETRANS e CDL, MANIFESTA A SUA PROFUNDA
INSATISFAÇÃO pela falta de um plano de flexibilização para a retomada gradual das atividades
econômicas, que possa assegurar todos os cuidados necessários tanto aos nossos
colaboradores como à sociedade, visando à mitigação dos impactos da crise, simultaneamente
à saúde pública e à economia, de modo a preservar vidas e manutenção dos empregos; a
situação atual traz profunda insegurança à sociedade, aos empresários e aos seus
colaboradores, informais e autônomos.
Estamos apoiando todas as medidas do Governo para minimizar os impactos da pandemia e
enfrentar a crise e respeitando todas as medidas de prevenção e combate à propagação do
vírus, em especial as de isolamento e suspensão de atividades, e, além disso, através de
parcerias com a iniciativa privada, estamos em constante mobilização para colaborar com a
doação de equipamentos hospitalares, fornecimento de EPI's para hospitais e campanhas de
conscientização.
As entidades que assinam este manifesto, hoje representam 1.080.000 empregos formais no
Estado do Ceará, o que significa 73,3% de todos os empregos no Estado do Ceará e 76,31% do
PIB estadual. Desse modo, estão preocupadas em não serem omissas, diante do desafio de
manter empregos e salários de seus colaboradores.
No entanto, é inconcebível que transcorrido um mês do início do isolamento e já tendo sido
anunciado a sua prorrogação até o dia 05 de maio de 2020, conforme Decreto Estadual nº
33.544, de 19 de abril de 2020, o Setor Produtivo ainda NÃO TENHA RECEBIDO NENHUMA
PROPOSTA CLARA, nenhum plano específico, nenhum cronograma, sobre nossos principais
pleitos para a reabertura dos negócios e a retomada das atividades produtivas, seguindo todas
as orientações da OMS.
Muito pelo contrário, ao insistir em um pseudo conflito de interesses entre a saúde pública e a
economia, estamos assistindo medidas que paralisam a atividade produtiva e que terão
impactos duradouros e diretos na saúde financeira de todos os cearenses.
Nesse sentido, solicitamos a CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO composta por membros do
Governo e do Setor Produtivo, para que possamos de forma segura flexibilizar o retorno
gradual das atividades empresariais, dentro de padrões estabelecidos por essa Comissão, a
fim de que possamos encontrar um caminho