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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Moradores de habitacional bloqueiam CE-265 e exigem recuperação de rodovia em Quixadá



Revoltados com o aumento de acidentes em razão da precariedade do trecho de CE-265, moradores do Residencial Rachel de Queiroz interditaram a rodovia.

Moradores do Residencial Rachel de Queiroz, na periferia de Quixadá, amanheceram o dia na CE-265, rodovia estadual de acesso ao conjunto onde habitam mais de 1.500 famílias. Protestavam contra a precariedade da principal via de acesso àquela área. Nos últimos meses, com o aumento do tráfego naquele trecho da CE, de aproximadamente 5Km, o número de acidentes de trânsito aumentou, provocando até morte. O problema está na malha viária, totalmente esburacada, sem sinalização e nem iluminação, reclamam.
Os manifestantes querem o início imediato dos serviços de recuperação da rodovia, no trecho que vai até o distrito de Dom Maurício, na Serra do Estevão. A obra foi prometida pelo governo estadual durante a inauguração da base da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), no início de julho. A previsão é de que início se dê ainda neste ano.

Todavia, em razão do aumento de acidentes, principalmente neste mês, também em decorrência da utilização de piçarra para tapar os buracos, o risco aumentou para quem utiliza a motocicleta como transporte, explicou o radialista Cleumio Pinto, morador do Rachel de Queiroz. Os pneus derrapam no arenoso. Ele já sofreu um acidente quando saia de casa para o trabalho, uma colisão com outro motociclista, quando ambos desviavam dos buracos. Outro motoqueiro havia morrido dias antes. A última vítima foi um servidora da prefeitura.
> Cresce número de acidentes em rodovia estadual esburacada na periferia de Quixadá

O bloqueio da rodovia, com uma barricada acompanhada de uma cortina de fogo e de fumaça, dividiu opiniões. Quem foi pego de surpresa com a manifestação, queria seguir adiante, nos dois sentidos de tráfego. Alguns não aderiram ao protesto. Quem resolveu não apoiar e estava de bicicleta, de motocicleta e até de carroça, utilizou as margens da rodovia para seguir caminho. alguns justificavam ter horário. Outros, era falta de paciência mesmo.

Esse não era o pensamento da vendedora Erlande Oliveira Moreira, moradora do Rachel de Queiroz. “Para mim é melhor perder até um dia de serviço do que perder a vida. As vezes preciso realizar até quatro viagens por dia nessa estrada. No caminho sempre vejo gente caindo. Não quero ser a próxima. Se for com fogo e fumaça que vou chamar a atenção dos nossos governantes para proteger minha vida e da minha família, vou continuar colocando mais lenha aqui“, desabafou.
Red; DN