A Delegacia Regional de Tianguá (4ª Região) da Polícia Civil instaurou inquérito para investigar agressões cometidas por uma cuidadora de 22 anos a um adolescente de 17 anos que sofre de paralisia cerebral. O caso ocorreu no município de Ubajara, a 300 km de Fortaleza.
As agressões foram filmadas por câmeras instaladas na casa da vítima no início deste mês, após o jovem apresentar um comportamento nervoso, principalmente quando estava próximo da cuidadora. Além disso, o adolescente apresentava hematomas pelo corpo, o que fez parte da família desconfiar, há cerca de um ano, que ele estava sofrendo maus-tratos.
O jovem mora em uma residência com os avós, que também têm a saúde debilitada e não acreditaram na suspeita de outros familiares, conforme um parente revelou à reportagem. Aproveitando-se de uma viagem que o casal de idosos fez, os outros familiares instalaram as câmeras na casa e confirmaram a suspeita das agressões.
Em trecho da filmagem enviado por um amigo da família da vítima para o jornal Diário do Nordeste, através da ferramenta VCRepórter, no aplicativo WhatsApp, é possível perceber a cuidadora machucando o adolescente de diversas formas: empurrando, puxando, batendo, colocando todo o seu corpo em cima da vítima e tentando sufocá-la.
As imagens da agressão circularam pela Internet e revoltaram muitos moradores da região. Ao assistir as cenas de violência, a família do garoto disse ter ficado indignada. "Eu estava no meu trabalho quando vi as imagens e fiquei totalmente em pânico, todo me tremendo. Nunca esperava isso dela (da cuidadora). Corri atrás dos meus familiares mais próximos e fomos direto à Delegacia", relatou o parente.
A família disse que tinha confiança na mulher, que já trabalhava na casa desde 2012, quando foi contratada por ter experiência em cuidar de idosos e crianças - entretanto, nunca tinha cuidado de pessoas com deficiências físicas.
Depoimento
Com posse dessas imagens, a Polícia instaurou inquérito para apurar o caso. A cuidadora foi intimada e, de acordo com a Polícia, confessou a autoria das agressões. No depoimento, a mulher alegou que sofria perseguição dos patrões e descontava propositalmente na criança.
Apesar de confessar a violência, a cuidadora afirmou que está arrependida e que tem afeto pelo rapaz. O delegado da 4ª Região, Miguel Sales, definiu o comportamento da mulher como "frio, sem emoção".
De acordo com Sales, uma semana antes de a família ter acesso ao conteúdo filmado pelas câmeras, a cuidadora pediu demissão do trabalho doméstico. Sales classificou a atitude da mulher como "tortura". "Tortura mesmo, porque ela sufocava a vítima com pano, colocava o peso todo dela em cima do menino, batia". O delegado explicou que as imagens passarão por análise nos próximos dias e, em seguida, deve concluir o inquérito e enviar à Comarca de Ubajara.
Parentes da vítima também prestaram depoimento ao delegado Miguel Sales. "O meu sentimento é que a Justiça seja feita e que essa mulher acabe presa. Não existe justificativa para tantos maus-tratos", completou o familiar emocionado.
G1/CE
As agressões foram filmadas por câmeras instaladas na casa da vítima no início deste mês, após o jovem apresentar um comportamento nervoso, principalmente quando estava próximo da cuidadora. Além disso, o adolescente apresentava hematomas pelo corpo, o que fez parte da família desconfiar, há cerca de um ano, que ele estava sofrendo maus-tratos.
O jovem mora em uma residência com os avós, que também têm a saúde debilitada e não acreditaram na suspeita de outros familiares, conforme um parente revelou à reportagem. Aproveitando-se de uma viagem que o casal de idosos fez, os outros familiares instalaram as câmeras na casa e confirmaram a suspeita das agressões.
Em trecho da filmagem enviado por um amigo da família da vítima para o jornal Diário do Nordeste, através da ferramenta VCRepórter, no aplicativo WhatsApp, é possível perceber a cuidadora machucando o adolescente de diversas formas: empurrando, puxando, batendo, colocando todo o seu corpo em cima da vítima e tentando sufocá-la.
As imagens da agressão circularam pela Internet e revoltaram muitos moradores da região. Ao assistir as cenas de violência, a família do garoto disse ter ficado indignada. "Eu estava no meu trabalho quando vi as imagens e fiquei totalmente em pânico, todo me tremendo. Nunca esperava isso dela (da cuidadora). Corri atrás dos meus familiares mais próximos e fomos direto à Delegacia", relatou o parente.
A família disse que tinha confiança na mulher, que já trabalhava na casa desde 2012, quando foi contratada por ter experiência em cuidar de idosos e crianças - entretanto, nunca tinha cuidado de pessoas com deficiências físicas.
Depoimento
Com posse dessas imagens, a Polícia instaurou inquérito para apurar o caso. A cuidadora foi intimada e, de acordo com a Polícia, confessou a autoria das agressões. No depoimento, a mulher alegou que sofria perseguição dos patrões e descontava propositalmente na criança.
Apesar de confessar a violência, a cuidadora afirmou que está arrependida e que tem afeto pelo rapaz. O delegado da 4ª Região, Miguel Sales, definiu o comportamento da mulher como "frio, sem emoção".
De acordo com Sales, uma semana antes de a família ter acesso ao conteúdo filmado pelas câmeras, a cuidadora pediu demissão do trabalho doméstico. Sales classificou a atitude da mulher como "tortura". "Tortura mesmo, porque ela sufocava a vítima com pano, colocava o peso todo dela em cima do menino, batia". O delegado explicou que as imagens passarão por análise nos próximos dias e, em seguida, deve concluir o inquérito e enviar à Comarca de Ubajara.
Parentes da vítima também prestaram depoimento ao delegado Miguel Sales. "O meu sentimento é que a Justiça seja feita e que essa mulher acabe presa. Não existe justificativa para tantos maus-tratos", completou o familiar emocionado.
G1/CE