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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Marun ataca Ciro Gomes e diz que Temer não é presidente 'porque não quis'


O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) respondeu, nesta segunda-feira (7), aos ataques de Ciro Gomes (PDT) ao PMDB e, mais especificamente ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), a quem Ciro acusou de ser o "capitão do golpe" contra a presidente Dilma Rousseff (PT), se referindo ao processo de impeachment. O parlamentar caracterizou-o como um "trânsfuga partidário", "boca de aluguel a serviço dos poderosos", "pigmeu" e "boquirroto".

Carlos Marun acusou o diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)de ter "se especializou em fazer da calúnia, da agressão, da grosseria e da ofensa instrumentos preferenciais da sua decadente vida política", além de questionar o cargo agora ocupado por Ciro, cujo salário é especulado em R$ 250 mil. A empresa colaborou com a campanha de Ciro à Presidência (2002) e à Câmara dos Deputados (2006).

O deputado ainda lembrou o discurso de Cid Gomes, então Ministro da Educação, na Câmara Federal, que acusou "uns 400, 300 deputados" de serem "achacadores" e criticou especificamente o presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha, a quem chamou, entre outas coisas, de oportunista e chantagista. Eduardo Cunha, que também conta com a defesa fiel de Marun, é alvo de investigações na Casa por quebra de decoro e, no Supremo Tribunal Federal, por corrupção ligada à Operação Lava Jato.

Apelo a Temer

Marun apelou ainda a Michel Temer que não respondesse aos ataques de Ciro, aos ataques de um "boquirroto que se julga corajoso, não se iguale a esse pigmeu que se julga gigante", afirmou Marun.

"Porque não quis"

Em tentativa de defender o vice-presidente, Marun ainda afirmou que Temer teria recusado dar sequência a "um processo de deposição que já se encontrava maduro", há alguns meses atrás.

"Na hora que o governo naufragava, Michel temer assumiu a coordenação política e recusou-se a coordenador um processo de deposição que já se encontrava maduro", afirma Marun, que toma o vice-presidente como um "desfibrilador" do governo Dilma.

"O Michel foi, há alguns meses, o desfibrilador que conseguiu fazer respirar e bater o coração de novo desse governo que já fedia feito um defunto".

Dias melhores

"Michel Temer só não é presidente hoje porque não quis. Se tivesse feito qualquer coisa, se tivesse tido qualquer ação proativa no sentido de se tornar presidente da República, hoje o seria. E o Brasil hoje estaria vivendo dias melhores".

Confira o pronunciamento na íntegra:


Ceará News