O desembargador João Pedro
Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou na tarde desta
quinta-feira, 25, o habeas corpus preventivo impetrado por um consultor em
favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desembargador classifica como
um "aventura jurídica" o habeas corpus e diz que a medida
"expôs" o ex-presidente.
"Cuida-se apenas de
aventura jurídica que em nada contribui para o presente momento, talvez
prejudicando e expondo o próprio ex-presidente, vez que o remédio
constitucional (habeas corpus preventivo) foi proposto à sua revelia",
escreveu Gebran.
O consultor Maurício Ramos
Thomas, de Campinas (SP), argumentava que Lula estaria na iminência de ser
preso e buscava evitar a prisão do ex-presidente no âmbito da Operação Lava
Jato. Ao analisar o pedido, o desembargador federal do TRF-4 apontou que não há
nenhuma informação concreta sobre suposta ameaça ao direito de ir e vir do
ex-presidente. De acordo com o magistrado, as notícias de jornais utilizadas no
habeas corpus não servem como fundamento.
O habeas corpus será
encaminhado pela Justiça Federal ao Ministério Público Federal para
"adoção de providências cabíveis". O desembargador do TRF-4
considerou que foram utilizados termos impróprios e linguagem vulgar
"inclusive ofendendo a honra de pessoas". O consultor faz menções por
exemplo ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato no Paraná.
Instituto Lula
O Instituto Lula divulgou
nota nesta quinta em que afirma não ter sido o ex-presidente o autor do pedido
de habeas corpus preventivo impetrado no Tribunal Regional Federal da 4.ª
Região (TRF4) . A Assessoria de Imprensa do Instituto Lula destacou que
"esse tipo de ação pode ser feito por qualquer cidadão".
"Não sabemos se esse
ato foi feito por algum provocador para gerar um factoide", assinala o
texto divulgado pelo Instituto.
O ex-presidente já instruiu
seus advogados para que ingressem nos autos e "requeiram expressamente o
não conhecimento do habeas corpus".
O Povo Online