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domingo, 5 de março de 2023

“Se eu fosse presidente, não teríamos problema com navios”

 Ex-presidente Jair Bolsonaro fez discurso crítico ao governo petista durante participação na CPAC.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão do governo Lula (PT) de autorizar navios iranianos a atracarem no Rio de Janeiro. A declaração aconteceu neste sábado (4), durante a participação de Bolsonaro na Conservative Political Action Conference (CPAC), maior conferência de conservadores do mundo.

Durante o evento, que aconteceu em Washington, nos Estados Unidos, o ex-presidente falou da entrada das embarcações Iris Makran e Iris Dena, da frota de guerra iraniana, em território brasileiro. Ao abordar o assunto, ele disse que essa questão não seria problema se ele estivesse no poder.

– Se eu fosse presidente, não teríamos problema com navios iranianos – disse Bolsonaro.

Bolsonaro ainda reafirmou sua lealdade ao também ex-presidente dos EUA Donald Trump, lembrando que foi o último líder global a reconhecer a vitória do oponente democrata Joe Biden.

– Minha relação com Trump foi excepcional – afirmou.

Em seu discurso, no qual teceu críticas ao atual governo e à esquerda, afirmou que “populismo, comunismo e corrupção” dominaram a política no Brasil. Ele também voltou a lembrar que defendeu a liberdade durante sua gestão e que não exigiu que a vacina contra a Covid-19 fosse obrigatória em seu governo.

– Certos assuntos são tratados no Brasil como proibidos. Um deles é a vacina. Dizem é a ciência, ciência, ciência. Eu digo é a liberdade, liberdade, liberdade – declarou.

Durante a CPAC, o ex-presidente voltou a exaltar a pauta do conservadorismo, da família e contra a ideologia de gênero e o aborto. Defendeu ainda o porte de armas, afirmando que “fez o que pode” para avançar com o tema em seu governo.

– Povo armado jamais será escravizado. E país armado jamais será subjugado – defendeu.

Bolsonaro também afirmou que “preferiu não ir para o outro lado da Esplanada”, sem deixar claro a quem estava criticando. Disse que se tivesse ido, sua vida seria “mais fácil”, mas que preferiu ficar do lado dos seus princípios, dos brasileiros e de Deus.

*AE