Foto: Reprodução/Band |
A paciência da direção do PT com Ciro Gomes (PDT) acabou. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou o presidente pedetista, Carlos Lupi, que o partido não poupará mais o ex-governador do Ceará. Na avaliação do partido, o ex-ministro passou dos limites, servindo como linha auxiliar do bolsonarismo.
Inicialmente, Lula pediu para sua equipe que não realizasse críticas a Ciro e focasse apenas no presidente Jair Bolsonaro (PL). Na avaliação do ex-presidente, em um eventual segundo turno, ter Gomes em seu palanque seria muito importante. Com troca de provocações no primeiro turno, tal imagem ficaria difícil de acontecer.
No debate da Band, o petista chegou a dizer que conversaria com o ex-aliado e afirmou que admirava muito o ex-ministro. Porém, o pedetista não quis fazer a “boa vizinhança” e desceu um “soco”, como tem sido dito na campanha do PT, ao responder o ex-presidente. Mesmo assim, a equipe de marketing de Lula decidiu poupar o pedetista, visando o voto útil e também, um eventual segundo turno contra Bolsonaro.
Só que a entrevista de Ciro para o programa Pânico, na última segunda-feira (5), desagradou a cúpula petista. Nem Lula foi capaz de segurar o seu grupo. O ex-governador voltou a falar sobre a saúde do líder nas pesquisas e o atacou mais vezes que o atual presidente da República.
O entendimento por parte do PT é que o antigo ministro tem buscado votos da direita e usado o ex-presidente para alcançar seu objetivo. Sendo assim, a campanha resolveu mudar a estratégia e agora o criticará também. Nesta terça (6), Lula alfinetou Ciro ao afirmar que “tem gente com 5% que sonha em chegar a 40%”, então é possível que, com 40%, também consiga mais 5% para vencer a eleição no primeiro turno.
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