Cerca de 50 policiais federais e seis servidores da CGU estão cumprindo os mandados. A operação decorre de Inquérito Policial instaurado em junho de 2020, para apurar crimes de corrupção, malversação/desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação, no contexto do enfrentamento ao Coronavírus no município da Região Metropolitana de Fortaleza. A investigação policial apontou ainda prejuízos aos cofres públicos superiores a 3 milhões de reais.
A Justiça Federal realizou o bloqueio desses valores em contas dos investigados. O nome da operação faz alusão ao sofrimento físico em lugares com altas altitudes.
Segundo a Polícia Federal, uma auditoria da CGU e investigação da PF identificaram indícios de fraudes na escolha das empresas contratadas em dispensas de licitação; ausência de capacidade operacional e/ou técnica das empresas; empresas de fachada; movimentação financeira suspeita; conluio entre as empresas para burlar a licitação e sobrepreço nos equipamentos adquiridos. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada por Lei e organização criminosa, e, se condenados poderão cumprir penas de até 33 anos de reclusão.