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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Lancha desaparece com cinco amigos depois de sair do Rio de Janeiro em direção a Fortaleza

No último contato, na sexta-feira (29), um dos ocupantes da embarcação informou que as condições do mar estavam ruins, com a maré alta e muito vento; e que as roupas e comida deles estavam molhadas.

Por Samuel Pinusa, G1 CE



No último contato, um dos tripulantes mandou a localização da embarcação. — Foto: Arquivo pessoal

Cinco amigos — sendo quatro cearenses e um gaúcho — desapareceram em uma lancha no mar do Rio de Janeiro, quando navegavam de volta à Fortaleza. O grupo viajou ao Rio, no último dia 23 de janeiro, para que um deles, o empresário Ricardo José Kirts, realizasse a compra da embarcação. Eles estão desaparecidos desde o último sábado (30).

O grupo é formado por Ricardo, o também empresário Domingos Sávio, um mecânico, um pescador e o comandante da embarcação, que não tiveram os nomes completos divulgados.

A Marinha do Brasil informou que, por meio do Comando do 1° Distrito Naval (Com1ºDN), que tomou conhecimento, na manhã deste domingo (31), do desaparecimento da Embarcação de Esporte e Recreio “O Maestro”, supostamente na altura de São João da Barra (RJ).

A mulher de um dos navegantes, Vitória Magalhães, revelou que eles tentaram começar a viagem de volta no dia 26, mas a embarcação apresentou problemas técnicos no motor e nas bombas, então, eles tiveram de parar para consertar. No dia 28, eles prosseguiram a viagem, com direção à Vitória (ES), para reabastecer a lancha.

O grupo saiu do Bairro Urca, no Rio de Janeiro, após fazer os reparos necessários na embarcação. Ela revelou também que, no último contato — às 23h23 da sexta-feira (29) — o marido mandou a localização de onde estavam, Farol de São Thomé (RJ).

"Quando eu falei com ele, em nenhum momento ele me pediu ajuda, socorro. Ele disse que as coisas estavam ruins, mas estavam continuando viagem para Vitória. Então, eu deixei passar. Quando foi no sábado, que eu não consegui entrar em contato com ele — e nem no domingo — foi que eu entrei em contato com a Marinha", relembra Vitória.

De acordo com Vitória, na última vez em que se falaram, o marido disse que as condições do mar estavam ruins, com a maré alta e muito vento; e que as roupas deles e comida estavam molhadas, e que eles iam em direção à capital do Espírito Santo.

Ela falou que quando entrou em contato com a Marinha, pediu que eles tentassem contato com os navegantes, via rádio, mas as autoridades não conseguiram comunicação com a embarcação de imediato.

"Pouco tempo depois, eles retornaram dizendo que foi sim feito um pedido de socorro próximo à localização que eu tinha enviado para eles, sendo que eles não conseguiram confirmar se realmente eram eles, porque o sinal falhou", complementa Vitória.

Contudo, nesta segunda-feira (1º), ela repassou que a Marinha confirmou o pedido de socorro foi da lancha 'O Maestro'. Ela tem medo de o grupo estar à deriva, porque um dos motores da lancha (que possui dois) tinha parado de funcionar, segundo relato do marido dela.

A Marinha informou ter acionado “imediatamente, o Salvamar Sueste, estrutura responsável por busca e salvamento no mar, que acionou o Navio-Patrulha ‘Macaé’ e duas aeronaves, sendo uma da corporação e outra da Força Aérea Brasileira (FAB). Além disso, emitiu aviso por Rádio, para alertar e solicitar apoio a todas as embarcações nas áreas próximas.