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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Morre Maguito Vilela, prefeito licenciado de Goiânia

 Político lutava contra uma infecção de bactérias e fungos nos pulmões após se recuperar da Covid-19. Ele estava há mais de 80 dias em UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Por Vanessa Martins, G1 GO


Maguito Vilela, prefeito licenciado de Goiânia, morre por complicações de Covid-19
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Maguito Vilela, prefeito licenciado de Goiânia, morre por complicações de Covid-19

O ex-governador de Goiás e prefeito licenciado de GoiâniaMaguito Vilela (MDB), faleceu nesta quarta-feira (13), aos 71 anos. A informação foi confirmada pelo secretário de Comunicação da capital, Bruno Rocha Lima. O político estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulolutando contra uma infecção pulmonar, em decorrência da Covid-19, da qual já havia se recuperado.

A nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da capital informou que "a família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal".

O Hospital Albert Einstein confirmou a morte do político. Segundo a unidade de saúde, Maguito faleceu às 4h10 desta quarta-feira.

Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em intervalo de menos de dez dias em agosto de 2020. No dia 19, morreu Nelma Vilela Veloso, de 76 anos, que tinha diabetes e problemas pulmonares, comorbidades que agravaram o quadro. Já no dia 28, a irmã mais velha, Nelita Vilela, de 82 anos, também faleceu.

O político passou por vários cargos públicos em Goiás: vereador, prefeito, governador e senador. Foi eleito gestor da capital com 52% dos votos no 2º turno das Eleições 2020, tomou posse de forma virtual e se licenciou do cargo. Relembre a carreira dele.

Maguito Vilela — Foto: Divulgação

Maguito Vilela — Foto: Divulgação

Internações e tratamento

Luiz Alberto Maguito Vilela testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro de 2020. Dois dias depois, ele foi internado em um hospital de Goiânia.

No dia 27 de outubro, o político recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e um alerta para o nível crítico de saturação de oxigênio no sangue. No mesmo dia, ele foi transferido para São Paulo.

Maguito foi entubado três dias depois, após piora no quadro respiratório. No dia 8 de novembro, ele foi extubado, mas o político ainda precisava de suporte de oxigênio.

No dia 15, data do primeiro turno da eleição, o emedebista foi entubado pela segunda vez para fazer uma broncoscopia para verificar as causas da piora na inflamação dos pulmões.

Dois dias depois Maguito começou um tratamento respiratório com uma máquina chamada ECMO, que funciona como os pulmões e o coração de forma artificial. Além do procedimento, o político passou por uma hemodiálise para ajudar as funções dos rins.

No dia 24, ele passou por uma cirurgia de traqueostomia, que consiste em abrir um pequeno buraco na garganta, diretamente na traqueia, para auxiliar na respiração.

Maguito Vilela em foto divulgada em 12 de novembro de 2020 — Foto: Reprodução

Maguito Vilela em foto divulgada em 12 de novembro de 2020 — Foto: Reprodução

Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.

No dia 9 de dezembro, os médicos começaram a redução intensa dos sedativos. Filho dele, Daniel Vilela chegou a dizer que o pai demonstrou plena consciência sobre ser o prefeito eleito de Goiânia.

Ainda na UTI, Maguito tomou posse por meio de assinatura eletrônica. Segundo o médico Marcelo Rabahi, que acompanhou e tratou o político, nesse dia ele demonstrou boas chances de recuperação.

Em 11 de janeiro, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.

Maguito teve uma piora no quadro de saúde com uma infecção nos pulmões provocada por bactérias e fungos. A equipe médica iniciou tratamento com antibióticos e remédios vasoativos para controlar a pressão arterial de forma artificial.