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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

PF faz operação e desarticula quadrilha que aplicou uma fraude milionária no Ceará

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19) a segunda fase da Operação ”KM Livre”, em atuação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU). Estão sendo cumpridos 27 Mandados de Busca e Apreensão em Fortaleza, Russas, Caucaia, no Ceará, além de, Mossoró, no Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro (Capital).

Os mandados foram deferidos pela Justiça Federal, decorrente de investigação em Inquérito Policial que apura fraude na contratação de serviços de locação de veículos e motocicletas, com desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro, com atuação de grupo que é liderado por investigado que exerceu mandatos de deputado federal e deputado estadual no Estado do Ceará no período da investigação.

Há fortes evidências de lavagem de dinheiro ilícito por meio da aquisição clandestina de corretoras valores e de sociedades em conta de participação do ramo de energia eólica, com a ajuda estratégica de operadores do mercado financeiro. Apura-se, esta fase da operação, a atuação de agentes públicos nos crimes investigados.

Muito dinheiro

A primeira fase da Operação “KM Livre” foi deflagrada em 2016, ocasião em que houve a apreensão de mais de R$ 5,9 milhões em espécie na sede de uma das empresas investigadas, localizada no bairro de Fátima.

Nesta manhã de quinta-feira (19), os policiais flagraram e estão novamente apreendendo uma grande quantidade de dinheiro em espécie, com suspeita de lavagem de dinheiro, ocultado na sede de uma das empresas investigadas, no bairro de Fátima, em Fortaleza.

A investigação policial identificou, a partir desses valores, documentos e dados apreendidos na primeira fase, a atuação da organização criminosa na criação de empresas com participação de “laranjas”, isto é, pessoas atuando em nome de terceiros investigados, reais gestores das empresas investigadas; atuação em fraudes em licitações; desvios de recursos públicos; lavagem de dinheiro com aquisição de imóveis, empresas e transações no mercado financeiro.

A organização criminosa atua há cerca de 20 anos e, desde então, tem obtido consecutivos e progressivos êxitos nas empreitadas criminosas, gerando lucros ilícitos. A Polícia Federal continua a investigação, com análise do material apreendido na Operação Km Livre – 2º fase, com o fim de detalhar a atuação de cada investigado na organização criminosa.

A Polícia Federal continua a investigação, com análise do material apreendido na operação, com o fim de detalhar a atuação de cada investigado na organização criminosa.

(Fernando Ribeiro)