A Polícia Civil do Ceará já identificou diversos envolvidos em um escândalo sexual que vitimou adolescentes e jovens estudantes de várias escolas particulares de Fortaleza e de cidades das regiões Norte e Sul (Cariri) do estado. Até professores de colégios particulares foram identificados e um deles já demitido péla direção do estabelecimento de ensino. O Departamento de Inteligência Policial (DIP) auxilia a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) nas diligências presenciais e virtuais.
O escândalo no Ceará já tem repercussão nacional. O crime foi descoberto a partir de denúncias feitas pelas próprias vítimas e amigas em um aplicativo de celular. Ao tomar conhecimento do fato, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, delegado federal André Costa, determinou à Delegacia Geral da Polícia Civil a imediata apuração do caso e a identificação dos responsáveis.
A Polícia já sabe que adultos e adolescentes participavam do crime que consistia no compartilhamento de imagens pornográficas (fotografias e vídeos) de jovens e adolescentes, garotas das classes média e alta que foram convencidas pelos pedófilos a fornecer as imagens a administradores de um grupo criado no aplicativo WhatsApp exclusivamente para difundir o conteúdo pornográfico. No relato das vítimas, os autores do crime chegavam a chantagear e ameaçar as garotas para que elas não tornassem público o caso.
As primeiras denúncias surgiram na Região do Cariri, chegara, à Fortaleza e, também nesta terça-feira (23), surgiram indícios de que o caso também teve registro na cidade de Sobral, na Região Norte do estado.
Vítimas
A delegada de Polícia Civil, Rena Gomes, informou que, “é importantíssimo que as vítimas compareçam à delegacia. A Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) está á frente dessas investigações. Ela é o ponto de partida das investigações, mas, se, posteriormente, foram identificadas vítimas maiores (de idade), elas serão encaminhadas a delegacias pertinentes”.
“O que nós estamos precisando neste momento é que as vítimas que estão passando por esta situação procurem denunciar, busquem a delegacia”, completou.
(Fernando Ribeiro)