Uma aluna de 16 anos e sua mãe dela entraram na Justiça pedindo reparação de danos contra o estado de Santa Catarina. Elas alegam que foram vítimas de doutrinação esquerdista por uma professora da rede estadual de ensino e pedem R$ 50 mil de indenização para cada uma, somando R$ 100 mil.
Na ação contra o governo, os advogados Miguel Nagib, um dos fundadores do movimento Escola Sem Partido, e Igor Costa Alves narram que a estudante e a mãe tiveram vários prejuízos por conta do comportamento antiprofissional, antiético e antijurídico de uma professora de história da Escola Estadual de Educação Básica Dra. Nayá Gonzaga Sampaio, da cidade de Caçador, no meio-oeste catarinense, assinala o Zero Hora.
Alguns episódios citados na petição foram denunciados pela mãe da aluna também nas redes sociais. Em um vídeo de 2018, ela divulgou um áudio que a filha teria captado em março daquele ano durante uma aula em que a citada professora faz críticas e ataques ao, na época, pré-candidato a presidente, Jair Bolsonaro.
Uma voz feminina acusa o político de incitar a violência e propagar o ódio contra negros, índios e mulheres. Em um trecho, a professora teria dito que Bolsonaro “se baseava na Bíblia para dizer que mulher só servia para ser estuprada, espancada e para limpar chão”.
Na gravação, a professora também diz impropérios como: “Então vocês têm que conversar com os pais de vocês em casa, pessoal, porque não existe a possibilidade de alguém apoiar [Bolsonaro]. Se apoiar um cara que diz que o estupro é legítimo, que o negro voltar pra senzala é legítimo”
Em uma carta anexa que a aluna anexou ao processo, ela cita outros episódios que se encaixariam na doutrinação. A professora teria afirmado, por exemplo, que pastores estão roubando dinheiro das pessoas.
“Me senti constrangida pelo fato de ser cristã, e meus colegas sabiam disso”, escreveu a jovem na carta.
Os advogados da família ainda acusam a professora de ter humilhado a aluna ao contar aos colegas de turma que a jovem estava com herpes e, por isso, poderia contaminá-los.
O Ministério Público afirma que o processo está em andamento.
(República de Curitiba)