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sábado, 24 de agosto de 2019

Oficial da PM é preso em flagrante com um automóvel roubado

O veículo trafegava com placas clonadas. O oficial foi autuado em flagrante na CGD.

Um oficial da Reserva Remunerada da Polícia Militar foi preso, em flagrante, na noite desta sexta-feira (23), e autuado na Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penal (CGD). Este foi o segundo caso de policial militar preso e autuado na CGD em apenas três dias.
Tenente Geraldo Severo Filho é da Reserva Remunerada da PM

A prisão aconteceu no bairro Conjunto Ceará (zona Sul da Capital), onde o oficial, identificado como tenente Geraldo Severo dos Santos Filho, trafegava em um automóvel roubado e com placas clonadas. Ele recebeu voz de prisão na rua por uma patrulha do 17º BPM e foi encaminhado à sede da CGD, na Praia de Iracema.

No Plantão da DAI, o oficial foi autuado em flagrante pelo crime de receptação e, em seguida, levado à sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), onde foi submetido a exame de corpo de delito. Em seguida, encaminhado ao Presídio Militar, no Centro. Por ser oficial, Geraldo Santos deverá ser transferido para o quartel do antigo Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), onde aguardará decisão Judicial para audiência de custódia.

PM baleado

Na última terça-feira (20), o cabo da PM, José Thiago Dias de Vasconcelos, destacado no 15º BPM (Eusébio), foi baleado e preso por agentes da CGD e da Coordenadoria de Inteligência Policial (CIP), no bairro Antônio Bezerra (Zona Oeste da Capital), suspeito de praticar um crime de extorsão. Vasconcelos recebeu um tiro nas costas disparado pelo agente José Gomes Figueiredo Neto, inspetor da Polícia Civil lotado na DAI.

A operação desastrosa dos agentes da Controladoria Geral de Disciplina gerou uma onda de protestos nas redes sociais e na Imprensa com denúncias de atos de abuso de autoridade e ilegalidades praticadas de forma recorrente pela CGD. 

Há dois anos, um inspetor da Polícia Civil morreu vítima de um infarto ao ser pressionado psicologicamente e constrangido durante um depoimento na CGD. A família dele processa o estado.

Extinção

Apesar de ser um órgão que deve atuar apenas no campo disciplinar, a CGD tem extrapolado sua competência legal e investigado crimes comuns, como assassinatos, chacinas, roubos, extorsões e outros delitos, como se fosse um órgão investigativo da Polícia Judiciária ou do Judiciário e do Ministério Público. Nas mãos do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), há uma proposta de extinção do órgão, único no País a desenvolver tais atividades.

Policiais civis e militares têm denunciado as constantes arbitrariedades e ilegalidades praticadas pela equipe da DAI. Diversos incidentes já foram registrados nos últimos dois anos.

(Fernando Ribeiro)

Blog; Erivando Lima