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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Caminhoneiros voltam a bloquear parcialmente trechos de rodovias federais no Ceará





Caminhões estão parados nos dois sentidos do km 6 da BR-222, além do km 15 da BR-116

Em seu 10º dia, a paralisação nacional dos caminhoneiros segue gerando bloqueios parciais em rodovias federais que cruzam a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Nesta quarta-feira (30), manifestantes voltaram a ocupar o quilômetro (km) 6 da BR-222, em Caucaia, além do km 15 da BR-116, em Itaitinga, obrigando outros veículos de carga a pararem.

Em Caucaia, cerca de 50 caminhões ocupam os dois sentidos da BR-222, bloqueando parcialmente o tráfego de quem pretende ir para Fortaleza ou Caucaia. Ao longo da manhã, os manifestantes obrigavam outros caminhoneiros a pararem no local, com exceção de cargas perecíveis e rações para animais, que eram liberadas. Motoristas de aplicativos de transporte também estão apoiando o ato.

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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a orientação é que os manifestantes ocupem apenas uma das faixas da BR-222, mas, no sentido Fortaleza, duas das quatro faixas estão bloqueadas. Em nota, o órgão federal também afirmou que não registrou bloqueios totais no Estado do Ceará nesta quarta-feira e reforçou que está à disposição de todos "que se sintam ameaçados no deslocamento e aos caminhoneiros que queiram sair dos pontos de bloqueio".

Itaitinga: sem horário para terminar
No km 15 da BR-116, em Itaitinga, o protesto também conta com 50 caminhões parados nos dois sentidos da rodovia, tendo a manifestação começado por volta de 9h desta quarta-feira. Segundo um dos manifestantes, que não quis se identificar, o ato não tem hora para acabar. "Nossa intenção é a redução do diesel e dos outros combustíveis. O governo disse que baixou, mas ainda não vimos isso nas bombas", ressaltou.

De acordo com manifestantes, todos os veículos de carga que transportam medicamentos, animais e produtos perecíveis estão sendo liberados, além de ambulâncias. Segundo eles, a PRF orientou os caminhoneiros a não queimarem pneus e fazerem um ato pacífico, como segue acontecendo na BR-116. No local, o trânsito flui, apesar de apenas uma faixa estar liberada em ambos os sentidos. 

Caminhoneiros insatisfeitos
Apesar de ser um movimento nacional da categoria, alguns caminhoneiros se sentem prejudicados ao serem parados nos bloqueios. Na BR-222, por exemplo, o motorista Ricardo Trigueiro, que tem uma carga de cosméticos para entregar em Fortlaleza, disse que foi obrigado a parar. Segundo ele, mesmo pedindo auxílio aos policiais rodoviários, nada foi feito para retirar seu veículo do bloqueio.

Em um momento tenso nesta manhã, manifestantes também chegaram a fazer um carro particular de escudo para impedir a passagem de caminhoneiros que se negam a participar do ato. A reportagem registrou, inclusive, manifestantes ameaçando esvaziar pneus e quebrar vidros dos veículos que se recusavam a parar.

Red; DN