O governo publicou no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (6), a exoneração de sete ministros que pretendem concorrer as eleições de outubro.
Deixaram as pastas que ocupavam os seguintes ministros: Mendonça Filho (Educação), Fernando Bezerra Coelho Filho (Minas e Energia), Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Leonardo Picciani (Esportes), José Sarney Filho (Meio Ambiente), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Marx Beltrão (Turismo).
Esta sexta é o prazo máximo para que ocupantes de cargos no Executivo se desincompatibilizem para se candidatarem a cargos eletivos.
O Palácio do Planalto aguarda ainda o pedido de exoneração de Helder Barbalho (Integração Nacional), o que deve acontecer à tarde, e sua exoneração sairá em edição extra no Diário Oficial.
Segundo a reportagem apurou, os ministros Alexandre Baldy (Cidades) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores), decidiram não disputar eleições e permanecer o no governo. O mesmo gesto foi anunciado por Gilberto Kassab (Comunicações) esta semana, que não será mais candidato a vice na chapa de João Doria ao governo de São Paulo.
Meirelles
O governo aguarda ainda a decisão de Henrique Meirelles sobre se sairá da Fazenda para disputar as eleições. Ele se reúne na manhã desta sexta com o presidente Michel Temer para definir seu futuro.
O chefe da equipe econômica se filiou ao MDB na última terça (3), sem garantias de que seria candidato, mas dizendo que sairia da pasta na sexta (6).
Como a Folha de S.Paulo mostrou na quinta (5), ele mudou o tom após o tratamento recebido na cerimônia em que se filiou ao MDB.
Recebido em clima de campanha, ele se sentiu em segundo plano. A ausência de consultas do partido a ele para uso de usa imagem do evento e o jingle que dizia "M de Michel, M de Meirelles, M de MDB" o incomodaram. Para o ministro, a legenda e o próprio presidente não cumpriram o combinado de que os dois teriam o mesmo tratamento até que fosse definida a candidatura para o Palácio do Planalto.
Com apenas 2% das intenções de voto, segundo Datafolha, Meirelles sabia que Temer tem preferência para disputar a Presidência da República, mas ele havia combinado com o partido que tentaria se viabilizar eleitoralmente até julho.
Red; DN