-->

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

PF deflagra operação para combater fraude milionária na Caixa Econômica no Ceará



Uma operação que visa combater uma fraude milionária na Caixa Econômica Federal no Ceará, batizada de 'Marco Zero', foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (15). Os policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 18ª Vara da Justiça Federal, instalada em Sobral.

De acordo com nota emitida pela PF, "a operação tem por objetivo identificar e pormenorizar a conduta de integrantes de uma organização criminosa voltada à prática de fraudes contra a Caixa Econômica Federal (empréstimos fraudulentos)". O esquema criminoso causou um prejuízo superior ao montante de R$ 3 milhões, aos cofres da Instituição.

A organização criminosa é formada por empregados públicos da Caixa Econômica, empresários, contadores e pessoas físicas que figuram como sócios "laranjas" de empresas de fachadas criadas para a obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos mesmos.

Entenda como funcionava o esquema:

Aliciamento. Conforme a PF, as investigações apontam que a organização criminosa agia inicialmente aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada.
Documentação falsa. Em seguida, o grupo elaborava documentos falsos para instruir os pedidos de empréstimos.
Empréstimo fraudulento. Depos, os servidores envolvidos manipulavam o processo de concessão, sem levar em conta as normas básicas de segurança e sem verificar a documentação necessária, inserindo dados falsos nos sistemas corporativos da Caixa.
Retirada do dinheiro. Aprovados os empréstimos, os valores eram sacados em espécie, transferidos para terceiros (pessoas físicas e jurídicas) ou, ainda, destinados a maquiar a dívida originária, o que viabilizava novos empréstimos em valores ainda mais altos.
Investigação

Segundo a PF, as medidas judiciais cumpridas tinham o objetivo de colher mais indícios sobre a participação dos suspeitos, bem como identificar e recuperar o dano causado ao erário.

A primeira diligência da 'Marco Zero' não tinha a meta de efetuar prisões. Entretanto, na sequência da Operação, os investigados podem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupção ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ainda conforme a Polícia Federal, o nome Operação Marco Zero faz uma referência ao município de Marco (a 224 km de distância de Fortaleza), onde os empréstimos fraudulentos foram concedidos à organização criminosa.

   
Fonte DN