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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Prefeitura de Quixadá adia novamente o início das aulas e pode prejudicar mais de 12 mil alunos

A Educação sempre é cantada em verso e prosa por dez entre dez especialistas como sendo a saída para todas as mazelas de uma nação que busca sedimentar preceitos democráticos, construir saberes científicos, criar mão de obra especializada e cidadãos críticos e atuantes em sua sociedade.

Por isso essa área tem recebido nos últimos anos uma atenção cada vez maior do poder público que anualmente vem aumentando os recursos disponibilizados para a implementação de novas práticas que visam melhorar o processo – ensino x aprendizagem.

Vejamos o caso de Quixadá que no último ano recebeu mais de 55 milhões para serem investidos apenas nessa pasta. Em 2017, somente no mês de janeiro, o município já recebeu mais de 03 milhões de reais, e tem uma previsão de receber mais do que em 2016, até o final do ano. Portanto, recursos existem para serem aplicados e dar a merecida qualidade que os educandos merecem e precisam.

As aulas da rede municipal de ensino em Quixadá deveriam iniciar no último dia 06, posteriormente foram transferidas para o próximo dia 13 de fevereiro, em seguida foram mais uma vez adiadas e agora tem previsão de início somente para depois do carnaval. Em um comunicado anexado no portão da E.E.F Terra dos Monólitos, a Prefeitura de Quixadá anuncia o início do ano letivo 2017 somente para o dia 06 de março, ou seja, um mês depois da primeira data prevista para o começo das atividades.

Algumas inquietações tomam contam dos pais, alunos e professores nesse início de ano letivo, dentre elas: Porque tantos adiamentos para o início das aulas? Não existiu planejamento por parte da gestão? Como esse tempo perdido será reposto? Será nas férias de julho ou em dezembro? Como ficará as férias escolares, e o recesso do final de ano? Eu preciso trabalhar, com quem vou deixar meu filho que deveria estar na escola? Porque até a essa altura não foi feito licitações de itens essenciais para o início das aulas como o transporte e merenda escolar? Tudo isso é por causa do concurso que o prefeito anulou? O município não tem professores em número suficiente para iniciar o ano letivo? Se não tem por que não chama os aprovados no concurso?

Questões como essas tem tirado o sono de pais, alunos e professores que tem percebido que terão suas férias escolares, sábado e recesso de final de ano atrapalhados por falta de planejamento da gestão atual. Logo a gestão que disse que faria uma administração moderna e inteligente.

O prejuízo é inegável para os alunos: ansiedade pelo início das aulas, perda do tempo pedagógico, programação das férias escolares. No final de tudo os maiores prejudicados serão os alunos, os que tem menos culpa.

Soubemos que professores que estavam cedidos a outros órgãos da administração pública municipal, estadual e até federal estão sendo convocados de volta para a Secretaria de Educação para assumirem seus postos nas salas de aulas. Isso seria ótimo se houvesse um tempo para os mesmos se readaptarem, fazer uma reciclagem, alguns estão a mais de 15 anos fora do magistério. Algumas indagações sobre isso: será se irão voltar sem fazer uma reciclagem? Sem se inteirarem das novas práticas pedagógicas?

O resultado desse imbróglio será de mais prejuízos para a conta já grande dos alunos, infelizmente. Esperamos que o sindicato, sempre tão combativo na defesa dos interesses dos servidores e da melhoria da qualidade da educação em nosso município se posicione ao lado de quem é de direito e diminua os prejuízos, já enormes, sofridos pelos alunos, pais e professores.

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