Ação é baseada em informações encontradas em celular na residência da Câmara na época ocupada por Cunha
Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta sexta-feira (13) pela Polícia Federal. A operação fa z parte de investigação que apura um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica entre os anos de 2011 e 2013. As buscas acontecem em Salvador, no imóvel do ex-ministro do PMDB Geddel Viera Lima, que é um dos alvos da operação. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa durante o período investigado pelos policiais. A operação acontece também no Distrito Federal, Bahia, Paraná e São Paulo.
A ação é baseada em informações encontradas em um telefone celular achado na residência oficial da Câmara, quando o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) era presidente. De acordo com os investigadores, após autorização judicial, o celular foi submetido a perícia, onde a Polícia diz que ''extraiu uma intensa troca de mensagens eletrônicas entre o presidente da Câmara à época e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013''.
De acordo com a PF, ''as mensagens indicavam a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de crédito junto à Caixa Econômica''. As mensagens davam indícios da possível prática dos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
As investigações apontam a participação do vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, do vice-presidente de Gestão de Ativos e de um servidor do banco. Já no setor privado, há participação de empresários e dirigentes do setor frigorífico, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários e do mercado financeiro.
Os mandados da operação, denominada de Cui Bono, foram expedidos pela 10ª Vara Federal do DF. De acordo com a Polícia Federal, este é um desdobramento da operação Catilinárias, que fez busca e apreensões na residência oficial na Câmara, na época quando era ocupada por Eduardo Cunha.
Por Layanna Vasconcelos
Com informações do site: globo.com