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domingo, 6 de novembro de 2016

Gata foi estuprada em presídio no Amapá

Filhote teria apresentado problemas respiratórios, diz veterinário (Foto: Victor Hugo Fernandes/ Arquivo Pessoal )
Um filhote de gato do sexo feminino e raça não definida foi encontrado na quarta-feira (2) com sinais de estupro dentro de um pavilhão do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) do Amapá, localizado na Zona Oeste de Macapá. Agentes penitenciários acharam o animal, que estaria sangrando e com ferimentos nos órgãos sexuais. Eles acionaram uma Organização Não-Governamental que cuida de cães e gatos maltratados.

O animal supostamente estuprado, vítima de zoofilia, foi resgatado pela ONG Unidade de Proteção ao Animal Costelinha, por volta de 15h do mesmo dia. A gata apresentava sinais de agressão nas partes íntimas, conforme a entidade.

De acordo com Victor Hugo Fernandes, integrante da ONG que fez o resgate, aparentemente o filhote tem cerca de 6 meses de vida.

Ele conta que a gata, batizada de Ariel, foi encontrada caída ao chão, debilitada e com sangramento. O animal foi encaminhado para uma clínica veterinária no Centro da cidade, onde permanece internada. Nenhum suspeito foi localizado, segundo a ONG.

"Ela estava com o ânus dilacerado e muito abatida. Pelo que se constatou nos exames, ela não foi estuprada apenas uma vez, pois até sêmen foi encontrado próximo a região ferida. Além disso, ela estava com a temperatura alta e precisou ser internada", contou Fernandes.

O médico veterinário Rafael Nutiane, que prestou os primeiros socorros ao animal, disse que exames iniciais indicam abuso sexual. O animal continuará em observação na clínica, onde poderá passar por cirurgia, informou.

"Ela está tomando antibióticos porque apresentou infecção devido aos possíveis abusos que sofreu. No Iapen, os problemas de higiene são constantes e isso pode prejudicar a saúde do filhote, que apresentou ainda problemas respiratórios e perfurações no intestino. 

Por enquanto o estado de saúde é considerado estável, pois ela está respondendo positivamente à medicação. Até o momento a cirurgia ainda é uma possibilidade", explicou o veterinário.

Segundo a ONG Costelinha, um boletim de ocorrências foi registrado na polícia, denunciando o caso. O setor jurídico da entidade informou que tentou contato com a direção do Iapen, mas até esta publicação, não havia conseguido.

Consultada pelo G1, a direção do instituto informou que até a tarde desta quinta-feira (3) não havia recebido nenhuma denúncia em relação ao caso, e que irá se pronunciar após receber o documento formalizado.

Victor Hugo Fernandes disse que o tratamento do animal está orçado em torno de R$ 2 mil e devido ao alto custo, a ONG iniciou uma campanha na internet para arrecadar recursos que custeiem a medicação e provável cirurgia.


"Infelizmente, é um caso que dificilmente se achará o culpado por violentar o animal, pois os abusos são supostamente constantes nos pavilhões do Iapen e nenhum deles informa sobre mais detalhes. Por isso vamos focar especialmente em arrecadar recursos para custear o tratamento da Ariel", falou Fernandes.

G1