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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Campanha de multivacinação será iniciada nesta segunda-feira no Ceará

Com o objetivo de mobilizar os pais ou responsáveis a levarem seus filhos para atualizar o cartão de vacinação, será iniciada nesta segunda-feira (19)  a Campanha Nacional de Multivacinação. O Ceará deve receber 1.155.635 doses para a campanha, que mobilizará cerca de 10 mil profissionais de saúde para vacinar as crianças menores de cinco anos de idade, meninas de nove anos de idade e adolescentes de 10 a menores de 15 anos de idade em 2.368 postos fixos de vacinação. A campanha de multivacinação segue até o dia 30 de setembro em todo o país, com dia de mobilização nacional em 24 de setembro.

Com a campanha de vacinação, o Ministério da Saúde espera a redução das doenças imunopreveníveis no país e diminuir o abandono à vacinação. Como a vacinação será de forma seletiva para a população alvo, não há meta a ser alcançada. Foram enviadas às unidades da federação 26,8 milhões de doses, que serve tanto para a vacinação de rotina, no mês de setembro (7,6 milhões), como doses extras para a campanha (19,2 milhões).

Estarão disponíveis durante a campanha as vacinas da rotina previstas no Calendário Nacional de Vacinação. Todas as crianças e adolescentes deverão comparecer a um posto de saúde para que a caderneta de vacinação seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada.  O Calendário Nacional de Vacinação dispõe de 14 vacinas para as crianças e cinco para os adolescentes. A vacinação será de forma seletiva para a população-alvo e, por isso, não há meta a ser alcançada.

Em 2015, no Ceará, 401.959 crianças de 0 a 5 anos incompletos foram levadas aos postos de vacinação dos 184 municípios para atualizar a caderneta de saúde da criança. Desse total, 238.998 foram vacinadas e receberam 187.924 doses das vacinas oferecidas. Este ano a campanha incorpora as meninas de nove anos, para imunização contra HPV, e os adolescentes de 10 a menores de 15 anos de idade.

Mudanças no Calendário

Em janeiro de 2016, o ministério promoveu alteração no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de Vacinação tem alterações rotineiras e periódicas em função de mudança na situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas. Mudanças deste ano:

Poliomielite - O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de erradicação mundial da pólio. Vale ressaltar que essa substituição não prejudica a proteção das crianças, que já ficam imunizadas com as três doses injetáveis.

HPV - O esquema vacinal passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

Meningocócica - O reforço, que anteriormente era administrado aos 15 meses, passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

Pneumocócica - Redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente. Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

PNI - Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015.

G1/CE