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segunda-feira, 18 de julho de 2016

PM terá abordagem com mais policiais, e governo vai empossar delegados


Após a série de ataques na Grande Fortaleza nos últimos dias, o Governo do Ceará recomendou aos efetivos de segurança pública que andem em turmas com duas viaturas acompanhadas. A informação foi repassada pelo secretário adjunto da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Lauro Prado, nesta segunda-feira (18).

De acordo com o secretário, a orientação não se justifica "por medo ou receio de acontecer alguma coisa", mas pela possibilidade de aumentar a capacidade de abordagem.

O secretário não detalhou em quais áreas da capital serão intensificadas, para não atrapalhar os trabalhos. "E não só com duas viaturas, até mais viaturas e forças especiais. Alguns focos já foram identificados pela nossa inteligência - Polícia Militar, Polícia Civil, a própria Coin, que nós teremos que ter ações mais específicas", disse o secretário.

"Estamos fazendo trabalho de inteligência muito forte, além de intensificar as abordagens de elementos suspeitos. A segurança pública, desde que começou essa sistemática de ataques, que não tem nada a ver com crime organizado como se tenta colocar, tem algumas ações direcionadas a agentes da segurança pública, a prédios da segurança pública", pontuou.

Combate ao crime organizado

O secretário disse que o governo vai nomear uma turma de delegados em agosto e deslocar delegados já experientes para a nova delegacia especializada de combate ao crime organizado, anunciada no último sábado (16) pelo governador Camilo Santana.

"Essa delegacia deverá funcionar tão logo sejam nomeados novos delegados. Esses novatos não vão para essa nova delegacia, até porque há uma necessidade de experiência maior", explicou.

"Teremos que fazer intercâmbio com outros estados. Hoje temos um órgão de informação na secretaria, que é a Coin, mas como temos que ter coleta de dados e ações, nada melhor que uma delegacia, porque ela se torna mais operacional. Pra que possa conduzir inquéritos, observar a movimentação nesses grupos, que não são crime organizado, mas que procuram se abrigar nessas facções, como se fossem partícipes dela."

Secretaria 'limitada'

Na avaliação do secretário, as ações da segurança pública tem sido, "de certa forma", limitadas pela situação no sistema penitenciário. Ainda conforme Lauro Prado, os ataques são resposta de criminosos às ações da pasta, como a apreensão de celulares nos presídios.


"É uma situação que foi instalada, estamos procurando contornar, mas não há como, se não levar em consideração que não temos vaga nos presídios para levar os presos. As polícias continuam trabalhando, todo dia temos prendido. Então tem mais de mil presos em delegacias. A Polícia Civil, que era pra estar investigando, está fazendo custódia de presos", analisa.

G1/CE