Após sofrer impeachment há 24 anos, o senador Fernando Collor (PTC/AL) discursou por 15 minutos no plenário do Senado, no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), na noite desta quarta-feira, 11. O ex-presidente lembrou da denúncia contra ele, fez uma comparação do atual momento com o cenário vivido em 1992, quando foi afastado da presidência, e ainda citou trechos da obra "Ruínas de Um Governo", de Ruy Barbosa.
"Em 1992, bastaram menos de quatro meses, entre o recebimento da denúncia e a decisão do Senado de me afastar. No atual processo, já se passaram mais de oito meses e mais seis meses estão previstos. O rito é o mesmo, mas o ritmo e o rigor não. Basta lembrar que, entre a chegada do relatório da comissão especial no Senado e meu afastamento, transcorreram apenas 48 horas. O parecer da comissão especial possui 128 páginas. O mesmo parecer continha meia página, com apenas dois parágrafos", disse Collor.
Ao começar sua fala no Senado, além de citar a obra de Ruy Barbosa, o senador lembrou de trechos escritos na denúncia do impeachment de 1992, formulada por Barbosa Lima Sobrinho. O ex-presidente também aproveitou o momento para criticar o governo Dilma e ressaltou a denúncia contra a petista de crime de responsabilidade.
"Chegamos às ruínas de um governo e de um país. Todas as tragédias se reduzem a uma mesma tragédia. Constatamos que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, na irresponsabilidade pelo aparelhamento desenfreado do estado que o torna ineficaz. É crime de responsabilidade a mera irresponsabilidade do país. Não foi por falta de aviso. Falei dos erros na economia, da falta de diálogo com o parlamento. Não me escutaram. Ouvidos de mercador. Relegaram minha experiência", relatou.
Após o discurso, Collor foi elogiado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, pelo "resgate histórico" apresentado. Em seguida, Calheiros aproveitou para elogiar o "altíssimo nível" que a sessão está sendo conduzida pelos senadores.
No retorno para sua cadeira no plenário, Collor foi cumprimentado por vários senadores, entre eles, Eunício Oliveira (PMDB/CE).
O POVO Online
"Em 1992, bastaram menos de quatro meses, entre o recebimento da denúncia e a decisão do Senado de me afastar. No atual processo, já se passaram mais de oito meses e mais seis meses estão previstos. O rito é o mesmo, mas o ritmo e o rigor não. Basta lembrar que, entre a chegada do relatório da comissão especial no Senado e meu afastamento, transcorreram apenas 48 horas. O parecer da comissão especial possui 128 páginas. O mesmo parecer continha meia página, com apenas dois parágrafos", disse Collor.
Ao começar sua fala no Senado, além de citar a obra de Ruy Barbosa, o senador lembrou de trechos escritos na denúncia do impeachment de 1992, formulada por Barbosa Lima Sobrinho. O ex-presidente também aproveitou o momento para criticar o governo Dilma e ressaltou a denúncia contra a petista de crime de responsabilidade.
"Chegamos às ruínas de um governo e de um país. Todas as tragédias se reduzem a uma mesma tragédia. Constatamos que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, na irresponsabilidade pelo aparelhamento desenfreado do estado que o torna ineficaz. É crime de responsabilidade a mera irresponsabilidade do país. Não foi por falta de aviso. Falei dos erros na economia, da falta de diálogo com o parlamento. Não me escutaram. Ouvidos de mercador. Relegaram minha experiência", relatou.
Após o discurso, Collor foi elogiado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, pelo "resgate histórico" apresentado. Em seguida, Calheiros aproveitou para elogiar o "altíssimo nível" que a sessão está sendo conduzida pelos senadores.
No retorno para sua cadeira no plenário, Collor foi cumprimentado por vários senadores, entre eles, Eunício Oliveira (PMDB/CE).
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