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terça-feira, 24 de maio de 2016

Ciro diz que demitiria agentes se fosse governador

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou nesta terça-feira (24), em conversa com jornalistas no Centro de Eventos, durante o 'Seminário Prefeitos Ceará 2016', que não existe 'nenhuma chance' dele assumir o cargo de secretário de segurança do Estado. Além disso, Ciro aproveitou os questionamentos dos presentes para comentar também aspectos da crise penitenciária atualmente observada na capital e região metropolitana, especialmente dos motins ocorridos neste último final de semana.

“Eu, se fosse governador, resolveria eu mesmo, como sempre fiz. Eu simplesmente rolava cabeças, demitia todos. Eu, sendo governador, estavam todos demitidos e processados por homicídio, porque são eles os responsáveis por essas mortes que aconteceram”, afirmou, referindo-se aos agentes penitenciários grevistas e acreditando ser desnecessário convocar as Forças Nacionais para contornar a situação.

Para Ciro, em qualquer sociedade do mundo é vedada à fração armada, no caso, as polícias e os agentes penitenciários, o direito amotinar-se.

“Quando um grupo de amotinados em armas viola a Constituição e quer submeter à sociedade os seus interesses, ainda que legítimos, de forma violenta, só resta às autoridades uma alternativa, que é reprimir. Se essa repressão não ocorre no momento certo, portanto, o resultado prático é: sei lá quantas pessoas morreram, boa parte do patrimônio público foi destruído e agora nós estamos dependentes de convocar a Força Nacional pra cá”, analisou.

Apesar do posicionamento firme, Ciro Gomes assegura que não conversa com o governador Camila Santana (PT) sobre esses assuntos. “Eu não falo sobre esses assuntos com ele. O governador é autônomo. Eu não acho que minha posição seja necessariamente a única, estou dando a minha opinião”.

Diário do Nordeste