Pela primeira vez na história do Partido dos Trabalhadores, um parlamentar deu entrada em um processo no Tribunal Superior Eleitoral para se desvincular do partido.
O deputado Federal Weliton Prado, de Minas Gerais, alegou que o PT teria desviado o programa partidário e que havia se esquecido dos interesses da população.
Porém, de acordo com a assessoria de imprensa do partido, o deputado tem se posicionado contra o PT nas últimas votações no Plenário, por exemplo, na pauta de redução da maioridade penal, onde o partido foi contra e Weliton Prado votou a favor.
De acordo com o especialista em direito eleitoral, Flávio Britto, o deputado resolveu cortar relações porque notou que o mesmo ia contra tudo aquilo que já havia defendido.
Flávio Britto, especialista em direito eleitoral, esclarece “Ele certamente não está concordando com os rumos políticos e administrativos que o Partido dos Trabalhadores, seja por uma agremiação partidária, sendo como gestor da república neste momento. Uma vez que o partido elegeu a presidente da República, ele tem entendido, na minha avaliação, que esses atores do Partido dos Trabalhadores estão atuando contra tudo aquilo que o PT sempre defendeu.”
De acordo com o especialista Flávio Britto, o PT tem faltado com o compromisso com a população. Ele afirma que por isso alguns parlamentares têm se sentido constrangidos diante do povo.
“Ele [PT] se distanciou da defesa dos aposentados e de alguns valores educacionais e valorização de professores. Ele se distanciou do aumento dos servidores públicos, tem sido complacente com as práticas de corrupção. Ele tem permitido que seus dirigentes utilizem práticas não republicanas. Então isso tudo tem que tem sido veiculado pela mídia tem criado constrangimento a alguns parlamentares da própria agremiação.” disse Flávio Brito.
Segundo a assessoria de imprensa do deputado Weliton Prado, o pedido de desfiliação por justa causa, foi solicitado, no último dia 13 no Tribunal Superior Eleitoral, o TSE. E o mesmo informou que o processo está em aguardo para ser analisado pelo relator do processo, o ministro João Otávio de Noronha.
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