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sábado, 22 de agosto de 2015

Brasil fecha 157.905 empregos com carteira assinada em julho, aponta Caged


Em julho, foram fechados 157.905 postos de trabalho com carteira assinada no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (21) pelo Ministério do Trabalho. O número representa queda de 0,39% no total de trabalhadores formais em comparação ao mês anterior. O resultado de julho representa a menor geração de empregos para o mês desde 1992, quando iniciou a série histórica.

O número resulta da diferença entre admissões (1.397.393) e demissões de trabalhadores (1.555.298). Segundo o ministério, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos de trabalho, na série ajustada.

No mês, entre os setores de atividade econômica, apenas a agricultura teve desempenho positivo, com geração de 24.465 postos de trabalho. O número foi alcançado, de acordo com o ministério, por motivos sazonais. Segundo o Caged, o resultado é muito próximo da média de 2003 a 2014 para o mês de julho (geração de 24.848 postos de trabalho).

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O setor que mais registrou perdas de emprego foi a indústria de transformação, com fechamento de 64.312 vagas com carteira assinada. Também houve queda no número de empregados com carteira assinada nos setores de serviços (58.010), comércio (34.545) e construção civil (21.996).

Todas as regiões registram queda no total de empregos formais. O Sudeste registrou o maior número de fechamento de postos de trabalho, 79.944. Na sequência, o Sul (44.943), Nordeste (25.164), Centro-Oeste (5.830) e Norte (2.024).

De acordo com o Caged, das 27 unidades da Federação, três apresentaram aumento no nível de emprego em julho: Pará (2.634), Maranhão (2.121) e Mato Grosso (707). São Paulo (38.109 postos), Rio de Janeiro (19.457) e Rio Grande do Sul (17.818 postos) tiveram o maior número de demissões.

Mais cedo, em São Paulo, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, havia adiantado que os números do Caged seriam negativos. Segundo ele, a expectativa é de que até o final do ano o país retome o crescimento dos empregos. A retomada, de acordo com o ministro, deve vir do aporte de recursos que o governo vem fazendo para estimular as atividades econômicas. Dias citou como exemplo a liberação de R$ 3,1 bilhões do Banco do Brasil para o setor automotivo e os investimentos na construção civil, por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Agência Brasil