Mais de 150
representantes de entidades de âmbito nacional de servidores públicos federais rejeitaram
a proposta de reajuste salarial do governo, de acordo com o Sindicato Nacional dos
Docentes de Instituições de Ensino Superior, uma das entidades presentes em uma
reunião nesse domingo (28).
O governo
ofereceu 21,3% de aumento, divididos em quatro parcelas até 2019. Os servidores
pedem reajuste de 27,3% a partir do ano que vem.
De acordo com
os sindicalistas, a proposta do governo foi rechaçada pelas entidades presentes
na reunião dos funcionários. “A assinatura de um acordo plurianual foi
considerada inaceitável e vista como um confisco no salário dos servidores
federais”, disse o sindicato em nota.
A proposta
apresentada pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, foi a primeira do governo.
Ele disse que os salários são parte da estratégia econômica adotada pelo país e
que se trata de uma proposta “bastante razoável”.
"Não dá
para ignorar que [o pagamento aos servidores] é parte da estratégia macroeconômica
fiscal e de combate à inflação, que a política econômica está usando. Não
podemos perder o controle fiscal e não podemos perder o controle dos pagamentos",
disse o secretário.
Ao todo
participaram da reunião de domingo 16 entidades. Na reunião, os servidores
aprovaram a promoção de ações como atos públicos, manifestações e paralisações
pelos estados no dia 7. Além disso, pretendem fortalecer as greves em curso e
ampliar para os demais setores.
Governo e
entidades voltam a se reunir no dia 7 de julho. A expectativa da pasta é que até
o final do mês haja um acordo. O ministério negocia com 49 entidades
classistas.
Diário Online