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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Pastelaria é fechada por uso de carne de cachorro e trabalho escravo no Rio



O Ministério Público do Trabalho (MPT) que investiga a máfia do trabalho escravo em pastelarias no Rio de Janeiro, envolvendo cinco vítimas de nacionalidade chinesa.

As vítima era submetida a severos castigos físicos, de acordo com o órgão. Na mesma pastelaria, cachorros que podem ter sido mortos a pauladas foram encontrados congelados e a suspeita é que os mesmos seriam utilizados no preparo da carne para o recheio de pastéis.


Ele levava coronhadas e apanhava todos os dias. Os vizinhos ouviam os gritos, mas como não era de socorro, não sabiam do que se tratava. Um dia o patrão jogou uma panela quente nas costas dele. A vizinhança chamou a polícia e o menino foi hospitalizado”, diz a procuradora.
Além de condições de trabalho degradantes, o rapaz trabalhava das 5h às 23h e cuidava de toda a produção da pastelaria. Quando demonstrava exaustão, era submetido aos castigos. De acordo com a procuradora, o local onde o chinês foi encontrado é assustador.
Aquela foi a pior semana da minha vida. É um lugar horrível, a pior situação que um ser humano pode ser submetido. Dá muita indignação saber que ele era torturado diariamente”, lamentou Guadalupe.

O rapaz vítima das agressões foi colocado no programa de Proteção à Testemunha pois o MPT teme que ele seja alvo da quadrilha responsável pela vinda desses chineses para o Brasil.
O proprietário da pastelaria foi preso em 2013 e responde pelos crimes de redução à condição análoga a de escravo, frustração de direitos assegurados por lei trabalhista, omissão de socorro e crime de tortura.