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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CEARÁ É O TERCEIRO ESTADO DO PAÍS EM NÚMERO DE MORTES DE ADOLESCENTES


O Ceará é o terceiro estado brasileiro em número de assassinatos de adolescentes, com  7,74 mortes para cada mil habitantes. O Estado só perde no País para Alagoas com 8,82 por mil habitantes e a Bahia com o índice de 8,59 homicídios de adolescentes por cada mil habitantes. Os números, fazem parte do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), foram divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Pelo estudo, elaborado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Laboratório de Favelas e o Laboratório de Análises de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, cerca de três em cada mil adolescentes que tinham 12 anos em 2012 correm o risco de serem assassinados antes de completar 19 anos.
No levantamento, Fortaleza aparece como a quarta cidade do País mais perigosa para os adolescentes e a primeira entre as capitais, aqui ocorrem 9,92 mortes por cada mil habitantes. A primeira do ranking é a baiana Itabuna, com 17,11  mortes, seguida das capixabas Cariacica e Serra, com 10,47 e 9,95 mortes por mil habitantes, respectivamente.
Outra cidade cearense que aparece entre as 20 mais violentas do País para adolescentes é Maracanaú com 8,81 mortes por mil habitantes, a 7ª do ranking. Foram incluídas, ainda,  no IHA, as seguintes cidades do Ceará: Caucaia (4,67 por mil habitantes), Sobral (3,85), Juazeiro (3,12), Maranguape (2.39), Crato 2.14) e Itapípoca (1,63).
As informações do IHA se referem a cidades com ao menos 100 mil habitantes e apontam para mais de 42 mil homicídios de adolescentes de 12 anos a 18 anos entre 2013 e 2019. A pesquisa analisou dados de 2012 para compor o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que estimou 3,32 mortes para cada mil habitantes nessa faixa etária. O indicador cresceu 17% em relação a 2011 e foi o maior registrado desde 2005.
Entre 2005 e 2007, a taxa caiu de 2,75 para 2,56, voltando a subir no ano seguinte. Em 2009, o indicador chegou perto de 3, com 2,98 óbitos para mil adolescentes nessa faixa etária, mas voltou a cair em 2011, para 2,84. Em 2012, pela primeira vez, a taxa superou os 3 pontos.
Ao comparar regiões do país, o índice aponta uma situação quase três vezes pior no Nordeste que no Sudeste – regiões que ocupam as duas pontas da taxa de homicídios. Enquanto o Nordeste tem a maior taxa – de 5,97 para cada mil, o Sudeste tem a menor – 2,25 para cada mil. De acordo com a pesquisa, 36,5% das mortes de adolescentes são causadas por homicídios, enquanto na população em geral o percentual é 4,8%.
Para mudar essa realidade, a Secretaria de Direitos Humanos anunciou a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial que vai elaborar um Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Letal de Crianças e Adolescentes. O plano vai se inserir nas propostas do governo federal para assumir a responsabilidade pela segurança pública ao lado dos estados e municípios.
C.Agora