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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

63,9% dos consumidores de Fortaleza estão endividados


Neste mês de outubro, a Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza,divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), revela que 63,9% dos consumidores da Capital cearense possuem algum tipo de dívida. O resultado representa um aumento de 0,9 pontos percentuais no índice geral de endividamento em relação a setembro, e uma melhora no percentual da renda comprometida com o pagamento das dívidas, que passou de 30,1% para 28,6% neste mês.
A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso manteve-se inalterada, em 19,3%. Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (20,5% afirmam possuir contas em atraso), o grupo etário entre 25 e 34 anos (23,5%) e com renda familiar inferior a cinco salários mínimos (20,6%). O tempo médio de atraso é de 64 dias, e a principal justificativa para o atraso é o desequilíbrio financeiro - diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 63,6% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 31,3%, seguindo pela contestação da dívida (9,0%).
Comprometimento da renda
Em Fortaleza, 63,9% dos consumidores possuem algum tipo de dívida. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: (a) cartões de crédito, citados por 77,5% dos entrevistados; (b) o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 16,3%; (c) os carnês e crediários, com 9,5%; e (d) os empréstimos pessoais, com 9,0% das respostas. O consumidor utilizou o crédito para a compra de: itens de alimentação (39,5% das respostas); eletroeletrônicos (39,2%); artigos de vestuário (34,2%); realização de despesas de educação e saúde (22,8%).
O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.260 e prazo médio de sete meses, comprometendo 28,6% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento. O percentual de comprometimento da renda cedeu após atingir 30,1%, em setembro, o nível mais elevado desde janeiro de 2013.
Fonte: Diário do Nordeste