sexta-feira, 23 de maio de 2014
Jovem é encontrada depois de passar 10 anos em cativeiro sendo violentada
Uma jovem de 25 anos foi encontrada com vida após passar dez anos em cativeiro nos Estados Unidos sendo violentada, informou a polícia nesta quarta-feira, 21, após deter o sequestrador e estuprador na Califórnia.
O criminoso, identificado como Isidro García, de 41 anos, violentou de forma frequente a jovem, após sequestrá-la em 2004 em Santa Ana, sudeste de Los Angeles, revelou a polícia. Seu desaparecimento foi denunciado pela mãe em agosto desse mesmo ano.
García era namorado da mãe da jovem e morava na mesma casa com as duas. A mulher suspeitava que o parceiro abusava sexualmente da filha, mas não tinha provas para denunciá-lo, explicou a polícia de Santa Ana.
Em seu depoimento, a vítima contou que García a drogou, depois de ter agredido sua mãe, em junho de 2004, e a levou para uma casa. Todas as noites ela era trancada na garagem do imóvel para não fugir.
Segundo a jovem, García lhe disse que seus parentes não a procuravam mais e que se tentasse escapar, sua família seria extraditada.
A polícia não revelou a nacionalidade da jovem ou de seus familiares.
García teria conseguido documentos de identidade falsos para a vítima, que foi obrigada a se casar com ele em 2007. Ambos tiveram um filho em 2012.
Apesar de ter oportunidades de escapar, após anos de abusos físicos e mentais a vítima não viu qualquer forma de superar a situação e decidiu viver com García mesmo sob abusos mentais e físicos", assinalaram as autoridades.
Ao longo de dez anos, os dois se mudaram várias vezes para evitar chamar a atenção da polícia.
A jovem contou à polícia que García arranjou um emprego noturno para os dois em uma empresa de limpeza, para poder controlá-la o tempo todo.
A vítima decidiu ir à polícia de Santa Ana após manter contato com uma de suas irmãs pelo Facebook, fato que lhe permitiu ganhar confiança.
García foi acusado de crimes de sequestro, estupro, abuso de menor e cárcere privado.
O caso recorda o das três mulheres que foram mantidas em cativeiro durante 10 anos por Ariel Castro, em Cleveland (Ohio), que se suicidou em sua cela em setembro passado.