sexta-feira, 4 de abril de 2014
Decisão de Cid sobre renúncia ao Governo será nesta sexta (
A reunião do governador Cid e seu irmão, Ciro Gomes, na última quarta-feira com pretensos candidatos do PROS ao Governo do Estado e outros liderados, antes de ajudá-lo a decidir sobre a possibilidade de Ciro ser candidato ao Senado, renunciando ao mandato de governador, gerou foi mais dúvida. Agora pela manhã, afora o governador, ninguém pode dizer se ele fica ou sai do Governo. Qualquer informação sobre o assunto é mera especulação. O prazo da Justiça Eleitoral para efeito de desincompatibilização, no entanto, termina hoje.
Como o Diário do Nordeste antecipou, ontem, não foi no evento da inauguração da Policlínica de Limoeiro do Norte, na noite passada, como muitos esperavam, que o governador anunciou sua decisão. A continuidade da reunião de quarta-feira marcada para a noite de ontem, na residência oficial, por conta de alguns acontecimentos registrados na quinta-feira, com os mesmos aliados, tinha previsão de também não ser conclusiva.
Ontem, o governador passou o dia praticamente em casa. Ele recebeu, pela manhã, o vice-governador Domingos Filho. A conversa foi rápida e nenhum dos dois falou com a imprensa sobre o que trataram, embora aliados dos dois tenham dito que a conversa foi desdobramento das outras acontecidas na terça-feira, só os dois, e na quarta-feira a coletiva, no Palácio da Abolição.
Opiniões
Desta, participaram, além de Cid e Domingos, Ciro Gomes, Roberto Cláudio, Arialdo Pinho, Manoel Canabarro, o marqueteiro do governador, e os demais pretensos candidatos ao Governo: José Albuquerque, Leônidas Cristino e Mauro Filho.
Terça-feira aconteceu a primeira conversa de Cid e Domingos Filho, na residência oficial, sobre a possibilidade de renúncia do governador. Na quarta-feira, com o coletivo, o que governador e vice conversaram, reservadamente, foi repetido para os demais, antes de começar a manifestação individual de cada um dos presentes, exceção do governador, de Ciro e do próprio Domingos.
Leônidas Cristino, o primeiro a falar, manifestou-se favoravelmente à permanência de Cid no Governo, sendo do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e do secretário da Casa Civil, Arialdo Pinho, as vozes mais firmes em defesa da saída de Cid, sob alegações várias. O marqueteiro Manoel Canabarro advertiu para a importância da qualidade dos nomes escolhidos para a disputa dos cargos de governador e senador da República.
Logo na abertura do encontro coletivo, com o relato de Domingos Filho da conversa que teve com o governador, no dia anterior, quando afirmou não ter interesse em ocupar nenhum outro cargo público, senão o de governador, todos ficaram conscientes de sua decisão de assumir o cargo com a saída de Cid, o que não agradou a vários dos presentes, embora tenha reafirmado seu compromisso de liderado do governador.
O deputado José Albuquerque registrou o seu descontentamento com a decisão de Domingos. Também Ciro, em determinado momento, chegou a dizer que não seria candidato de modo algum, embora toda essa discussão sobre se o governador sai ou fica no Governo esteja acontecendo para possibilitar que ele fique elegível e, dessa forma, como candidato ao Senado, possa dar uma contribuição a mais para a chapa governista, além de voltar ao cenário nacional, no exercício pleno de um mandato.
Limite
Para deixar o irmão elegível ou ele mesmo poder disputar algum cargo eletivo no pleito deste ano, o governador Cid Gomes terá que renunciar ao mandato até o fim da tarde de hoje. Ele terá que encaminhar a carta-renúncia endereçada ao presidente da Assembleia. Este, por seu turno, depois dos trâmites legais, declarará a vacância do cargo, permitindo ao vice-governador, a ele próprio ou ao presidente do Tribunal de Justiça, nesta ordem, de assumirem o cargo. O vice-governador pode assumir e ficar até o fim do mandato, no dia 31 de dezembro deste ano.
Crédito ao Miséria.