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segunda-feira, 31 de março de 2014

Jovem de Suzano é agredida por mais de 6 horas por causa de paquera


Uma adolescente de 15 anos, moradora de Suzano (SP), diz que foi torturada por seis horas e meia por uma jovem depois de ter sido acusada pela agressora de "talaricar" (paquerar alguém que é comprometido na gíria popular) o namorado dela. Além de ter sofrido agressões psicológicas, a vítima teve o cabelo cortado com uma tesoura e ainda levou vários socos no rosto. A agressão foi na última sexta-feira (21) em uma rua deserta perto da estação de trem, em Guaianazes. Os momentos de tortura foram registrados e divulgados no YouTube. (veja vídeo).
A mãe da vítima, que preferiu não se identificar, disse ao G1 nesta sexta-feira (28) que está revoltada com a covardia da agressora. Ela só descobriu a história ao ver o vídeo que começou a ser compartilhado nas redes sociais. "Não sabia do que tinha acontecido. Desconfiei quando minha filha chegou em casa com o cabelo cortado e que tinha coisa errada. Minha sensação ao saber de tudo foi de ódio. Tenho vontade de matá-la. Quero justiça e vou fazer de tudo para essa menina pagar
Após ser agredida pela garota e mais dois amigos, a adolescente chegou em casa assustada, mas não comentou nada com ninguém, lembra a mãe. "Ela estava pálida e nervosa, mas disse que ela mesma tinha cortado o cabelo. Fiquei desconfiada e deixei. Quatro dias depois me avisaram do vídeo e quando vi fiquei louca."
A mãe disse que fez um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Itaquera e que agora vai procurar o Conselho Tutelar de Suzano. A filha de 15 anos também passou por exame de corpo de delito. "A família toda está revoltada. É torturante ver esse vídeo. Minha filha não teve chance de defesa. Ela virou motivo de piada e ainda é ameaçada nas redes sociais por essa menina e as amigas. Quero que peguem essa covarde".
Agressão
Para atrair a vítima até o local da agressão, a jovem dmandou mensagem dizendo que precisava da ajuda da adolescente para desmascarar o namorado, que mentia sobre o fato de estar solteiro. "Confiei nela e fui para gente conversar e desmascará-lo", conta a vítima.
A vítima saiu de casa por volta das 16h sem dizer para a mãe onde ia. Ao chegar na estação de trem de Guainazes, em São Paulo, ela foi surpreendida pela agressora que a pegou pelo braço e a levou para uma rua deserta perto da estação. Outros dois amigos, uma menina e um menino, participaram dos momentos de tortura. "Só ela me batia. Os outros dois ficavam incentivando e filmavam. Eu já conhecia há algum tempo o namorado dela [agressora], mas quando ele voltou a namorar eu apaguei ele do Face. De uns dia para cá ele me procurou de novo, disse que eu estava bonita e que estava solteiro. Começamos a conversar."
Com ciúmes, a agressora teria visto as mensagens da vítima no celular do namorado e ficado enfurecida com a possível traição. "Eu não tinha noção do mostro que ela [agressora] era e nem que era tão covarde", diz. "Quando me prendeu ela só dizia que queria que eu falasse que eu não ia ficar com ele."
A vítima ainda diz que é ameçada pela agressora. "Depois que apanhei ela me obrigou a manter segredo. Se não fizesse isso disse que ia me matar. Até hoje, ela e as amigas ficam me mandando mensagem de ameças no celular e na internet. Falam que vão raspar todo o meu cabelo e me cortar."
Créditos ao Site G1.