Investigadores da Polícia Federal consideram pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se ele não voltar para o Brasil até abril. A avaliação é que, se ele continuar nos Estados Unidos, fica configurada a “evasão do distrito da culpa”, previsto no artigo 302 do Código de Processo Penal como requisito para justificar a prisão cautelar de uma pessoa investigada.
Bolsonaro, que está na Flórida desde 30 de dezembro, é alvo de apuração do STF (Supremo Tribunal Federal) por suposto envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O caso das joias também foi uma ferramenta na mão da oposição para conseguir o que queriam.
Bolsonaro nega ter pedido ou recebido presentes ou ter cometido ilegalidade.
Fonte com acesso às investigações disse à coluna que existem duas escalas para chegar a Bolsonaro. No caso de 8 de janeiro, o caminho deve ser mais lento, porque não conseguiram encontrar nenhuma prova que levasse ao ex-presidente.
O caso das joias seria uma “escada rolante”, com provas que parecem mais próximas a Bolsonaro. Segundo essa fonte, agora só é preciso aguardar coragem por parte do sistema de Justiça — polícia, Ministério Público e Judiciário —, porque “o flagrante está dado”.
Diante do cenário, a avaliação de investigadores é que apenas eventual condenação do presidente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que resultaria na inelegibilidade dele, seria vantajosa, perto do potencial de estrago que as duas investigações criminais têm.
Com informações do UOL